terça-feira, 30 de janeiro de 2018

ENTREVISTA EXCLUSIVA COM SASHA ZIMMER

Sasha Zimmer.
Podemos colocar o seu nome real, e o nome do personagem Sasha Zimmer¿
Sasha é um apelido que eu tenho desde os 16/17 anos,
não considero a Sasha Zimmer uma personagem, nem alter ego, ela sou eu,
só que apenas com um nome diferente.
Eu me chamo Fábio, mas não me incomodo quando me chamam de Sasha,
sou apenas uma pessoa.

Eu sou um aquariano maravilhoso,
27 anos, quase 28.
Nasci em Limeira, interior de São Paulo,
já passei por Campinas onde consolidei minha carreira como drag e
também morei no Rio de Janeiro. Atualmente moro em São Paulo.

Apice: A quanto tempo você é a Sasha Zimmer e conta um pouco do início da carreira. Ouve muitas dificuldades¿R: Em abril eu comemoro 11 anos de carreira. A Sasha nasceu a partir de uma brincadeira de concursos de novos talentos, desde então, nunca mais parei.
Engraçado que eu demorei um tempo pra entender tudo isso que era a arte drag queen,
eu fui aos poucos me construindo como artista, até hoje estou nesse caminho.
Tive influências de Ikaro Kadoshi, Léo Áquilla, Striperella,
e aos poucos fui me moldando.
Saber que eu fui inspiração e encorajamento pra Pabllo Vittar,
onde após um show meu ela decidiu tomar os palcos, é muito inspirador e gratificante.
As dificuldades estão sempre aí, mas isso é bom,
fortalece e mostra o quanto você está realmente disposto a lutar pelo o seu sonho.

Apice: Suas roupas, você mesma as confecciona¿
R: No início os meus amigos me ajudavam, depois comecei a pagar costureiras, depois decidi comprar uma máquina e eu mesma produzí-las... Vai mais da necessidade, do tempo e da disposição, rs. Mas é tão gostoso a gente vestir algo que foi feito por si próprio.

Apice: Você é uma dançarina impecável, com essa explosão das drags cantoras e do sucesso estrondoso de Pabllo Vittar, Gloria Groove, Aretuza Love entre outras, isso levou você a decidir cantar também a lançar o seu primeiro single “Poderosa”?
R: Na verdade “Poderosa” não foi minha primeira música de trabalho, foi a primeira que eu decidi trabalhar profissionalmente, com clipe e plataformas.
Em 2010 eu lancei meu primeiro funk, após isso lancei músicas de balada e em seguida um EP com músicas internacionais, mas não era muito a minha praia.
Após eu ganhar o “Academia de Drags 2”,
eu decidi que queria sair da minha zona de conforto, Beyoncé Cover e fazer o que eu mais amo nessa vida, que é unir a música e a dança.
De fato, após ver Pabllo, Kaya Conky me deu um gás novo
sobre o que eu queria com a minha carreira.
Assim surgiu a nova ideia de seguir com ‘Poderosa’, ‘Bateokoo’ e o meu EP de estreia, que logo sairá!

Apice: Antigamente as drags se inspiravam em grandes artistas como
Diana Ross, Madonna entre outros,
hoje vocês são as artistas que inspiram outras pessoas.
Você já se deu conta da proporção gigantesca que seu trabalho tomou¿
R: Cara, quando eu li na ‘VEJA’ a entrevista da Pabllo, onde ela me cita como uma das inspirações, é surreal.
Eu me recordo dele, das nossas conversas e de como ele queria fazer o sonho dele se realizar.
Fico feliz por ele. Eu me inspirava muito em Britney, Beyoncé, Ciara,
gostava muito de ver outras drags e seus comportamentos.
Ikaro Kadoshi é meu pai de show, mais que isso, é um amigo,
um pai de verdade, ele e inspira como ser humano, além de um artista.
Eu fico surpreso quando vejo que alguém se inspirou ou que eu fui motivação,
sinal que meu propósito está sendo realizado.
O meu trabalho é fruto do meu esforço e do meu sonho,
tudo o que eu faço é 100% do que eu sinto e vivo.

Apice: Você venceu a 2ª Edição do Academia de Drag, isso foi uma alavanca pro seu sucesso¿ Mudou muita coisa na sua vida pessoal e profissional após vencer o programa¿R: Olha, mudou muita coisa sim! Profissionalmente eu conheci novos lugares,
ganhei uma proporção maior com o meu trabalho, viajei, conheci pessoas e lugares incríveis.
Minha vida pessoal também foi afetada, positivamente e negativamente também,
me fez refletir sobre o que eu queria e como seria dali em diante. Aqui estou eu,
realizando novos sonhos, porque independente de qualquer coisa, nem mesmo a morte vai me parar!

Apice: Você lançou a pouco tempo seu segundo single Bateokoo, que aliás fez muito sucesso, até o momento da entrevista foram mais de 14 mil views na matéria no blog, vem clipe por ai¿R: O clipe tá lindo, já está o ar! As pessoas podem esperar tudo de mim, entrega, look, dança, close,
músicas de amor, com mensagem, besteiras...
Eu sou assim, multifaces kkk.

Apice: Podemos aguardar um EP ou CD¿
R: Eu espero muito por um CD, porque é algo mais completo, mas se não rolar,
em breve tem EP pra todos vocês curtirem.

Apice: Você já passou por casas e eventos renomados no mercado, pode falar alguns pra gente¿R: Nossa, rs... Acredito que eu já passei por grandes boates, grandes lugares e já conquistei grandes concursos.
Eu já fiz show do lixo ao luxo, mas não é a estética da boate que a torna renomada,
poderosa, ou melhor do que a outra. Cada lugar tem a sua essência, cada boate tem a sua equipe.
Eu gosto de gente simples, gente de verdade. Posso dizer que eu sempre fui mais bem tratado nos lugares onde eu menos esperava. Mas em todos os lugares por onde eu passei,
sempre fui bem recebido, com muito amor, comida, sorrisos, beijos e abraços!

Apice: Quais os próximos shows¿

R: Viagens marcantes, me preparando agora pro EP ou CD, os shows que acontecerem
naturalmente serão realizados com muito amor, mas por enquanto estou planejando a nova tour.

Apice: A galera que quer ficar por dentro da agenda e de todas as novidades, podem seguir as redes sociais, passa ai todaxxx.
Facebook.com/sashazimmer
Twitter.com/sashazimmer
Instagram.com/sashazimmer
Spotify: Sasha Zimmer
Youtube.com/sashazimmer
E nós não podemos deixar de curtir o clipe de Bateokool

domingo, 28 de janeiro de 2018

DJ FÁBIO MARTELI CONTA TUDO EM ENTREVISTA EXCLUSIVA PARA ÁPICE COMPANY


Fabio Marteli
R: 34 anos
Ribeirão Preto/SP
Ariano
Casado

Antes de começar a ler essa exclusiva, dá um play no ultimo set dele.
Afinal Tudo Fica Melhor Com Musica.


O que levou você a se tornar DJ, como surgiu o interesse pela música, os primeiros passos na sua carreira, primeira casa onde tocou ou festa¿
R: Meu interesse por música vem desde a infância, sempre gostei de mexer com toca discos e brincar com os vinis que eu ganhava, mas nessa época não tive contato com profissionais da área e na minha cidade natal Sertãozinho/SP não tinha muitos locais recreativos pra ter um contato com um profissional, sendo assim, ficou tudo na curiosidade de como seria, já na adolescência quando tive a primeira oportunidade de conhecer uma boate não perdi tempo e fiquei deslumbrado com os DJs na pick-up mexendo na aparelhagem, depois de um tempo na curiosidade, eu comecei a conhecer e ficar mais próximos de alguns DJs da cena em Ribeirão Preto até que um dia conheci o Dj Maicon Storm que era apresentador da Omega Hitz que teve seu auge em 2010/2011, alguns dias quando ele estava apresentando programa eu ia até sua casa e ficava observando e brincando com ele e os ouvintes durante o programa e minha curiosidade começou a ficar mais aguçada em aprender, em 2012 pedi pra ele me ensinar e ele topou, meu laboratório foi na Labirinthus em Bauru/SP que eu sempre frequentava como cliente, minha primeira apresentação também foi na Labi no dia 20/04/2012 dei o meu primeiro play oficialmente como profissional ganhando um cachê e em Junho do mesmo ano me tornei residente da boate D-esel em Ribeirão Preto que hoje já não existe mais, daí em diante fui conquistando meu publico e outras residências em Ribeirão Preto e fora da cidade também.

Foi um começo muito difícil¿ Você teve apoio de familiares, amigos¿
R: Não tive um começo difícil em questão familiar porque sempre estive em baladas, envolvido em festas, então não fez muita diferença hahaha, mas pra conseguir um espaço na noite já foi um pouco mais complicado, mesmo naquela época que não existiam muitos DJs na cidade foi um pouco complicado, mas tive a sorte de ter as pessoas e amigos certos ao meu lado, que acreditaram no meu potencial e profissional e aos poucos me deram um espaço para mostrar meu trabalho, os amigos sempre me apoiando sempre, só tenho a agradecer a todo apoio que sempre me deram.

Quanto tempo de carreiras já¿
R: Neste ano de 2018 no mês de Abril completo 7 anos de carreira.

O feedback é algo essencial pra carreira de um DJ, quando você está tocando e percebe sinais do público de que está tudo perfeito, o que passa pela sua cabeça¿
R: o Feedback do publico é sem duvidas o combustível, sentir a troca de energia e ver que o publico esta curtindo junto com você não tem explicação, vem na memória que todo não recebido, todo esforço e empenho na profissão está valendo a pena, gratidão define o sentimento.

Algum lugar que você ainda não tenha se apresentado mas tem vontade¿

R: Tem vários locais e festas que tenho vontade de me apresentar, mas claro que todo profissional sonha em chegar no topo da sua profissão independente de qual seja, no Brasil tenho muita vontade de tocar na Acquaplay e na The Week, no exterior na Xcelsior.

Que DJ da cena brasileira você admira e nos indica pra uma próxima entrevista¿
R: Tenho uma enorme admiração por vários, ficaria difícil em citar apenas 1, mas recentemente os que estão me agradando em simplicidade, e talento tanto em produção musical quanto profissionalmente mesmo são 2, Rodriggo Liu e Rafael Daglar.

Você produz¿ Podemos ouvir algo¿ E quais os projetos futuros¿
R: Eu me arrisquei em algumas produções nos anos de 2015 e 2016, algumas produções minhas foram executadas por grandes DJs da cena que admiro muito, mas tive um problema particular e precisei canalizar toda minha energia e tempo em outro projeto, além de produções também me arrisquei em fazer mashups, até hoje sempre faço algum pra ter um material exclusivo em minhas apresentações, vou deixar aqui o meu soundcloud pra vocês conferirem, lá tem produções, mashs e sets.

Você é um cara de presença, se considera estiloso¿ Se preocupa com moda, com cuidados com o corpo, mente¿
R: Nunca fui muito ligado em moda e cuidados com o corpo, mas ultimamente admito que tenho cuidado mais da aparência, já essa parte de ser estiloso estou bem longe, sou mais pra parte do clássico mesmo.

Como você prepara seu playlist¿
R: Sempre procuro por musicas que causam alguma emoção, aquela que faz arrepiar, aquela que dá vontade de abraçar mas também aquelas que trazem a minha energia marcadas nas notas musicais.

Tem algum DJ que você gostaria de fazer um B2B¿
R: Atualmente não, alias tenho arrepios só de pensar que vou fazer B2B com alguém, acho que pra fazer um B2B os dois DJs precisam ter pelo menos um pouco de intimidade e conhecer um o som do outro, todos os B2B que eu queria ter feito eu já fiz, todos com excelência e sempre que possível adoro repeti-los.