sexta-feira, 21 de janeiro de 2022
Filmes e séries com temas LGBT no Prime Video
10 filmes e séries da Netflix que abordam o combate à LGBTfobia
SOMOS A REALEZA - LEANDRO VILLA
Finalmente vou falar sobre ele, um dos meus grande s ídolos Leandro Villa.
O ator Leandro Villa tem 37 anos e é de Salvador.
Conheci se trabalho no Instagram por indicação e cada dia ele surpreende por falar sobre situações e atitudes diárias de forma cômica e leve.
Leandro primeiramente obrigado por tirar esse tempo, sei que as gravações para o projeto da Amazon Prime estão a todo vapor e o tempo fica escasso.
De coração Obrigado é uma honra bater esse papo com você.
Quando surgiu o interesse pela arte e atuação?
R: Meu interesse pela arte surgiu na infância, mas não foi pelo caminho das artes cênicas. Eu gostava de criar realidades, contar histórias e descobri que podia fazer isso desenhando. Então, fui me desenvolvendo nessa habilidade e cresci com o desejo de me tornar desenhista de mangá, criador de personagens, ou concept artist de alguma desenvolvedora de jogos. Mas, ao longo da minha adolescência, percebi que as pessoas também curtiam o meu desempenho nas peças da escola e nos trabalhos de sala de aula. Gostavam quando eu cantava e dançava, enfim, as pessoas costumavam encorajar meu lado “performer”. Assim, atuar acabou virando um hobby, mas, até o momento, não era algo que eu quisesse seguir como profissão. Na época da faculdade (eu cursava Desenho e Plástica), eu já fazia parte de um grupo de teatro em uma paróquia. Não, eu não sou católico, mas adorava o grupo, que era coordenado por Daniel Calibam, ator que, na época, estudava Interpretação na UFBA. Ele foi um dos meus grandes incentivadores e acabou se tornando meu padrinho de formatura, quando abandonei Desenho e Plástica e me formei em Interpretação na UFBA também. Eu continuo criando realidades e construindo personagens, só que, agora, eu estou dentro das histórias.
Conta um pouco dos seus trabalhos?
R:Meus trabalhos mais importantes são: O filme “Fim de Festa”, vencedor dos prêmios de Melhor Filme e Melhor Roteiro no Festival de cinema do Rio em 2019; A série “Destino”, original HBO; a série “HUNT”, no catálogo da Amazon Prime; O curta “Fica Bem”, pelo qual recebi o prêmio de Melhor Ator no Festival de Cinema de Santa Cruz; O live game “ES:CA:PE”, jogo desenvolvido pela ERA Game Studio (empresa minha com outros sócios), onde atores são controlados através de um dispositivo digital; Os espetáculos de teatro, “Que Deus sou Eu” e “Sonho de uma Noite de Verão na Bahia”, ambos dirigidos por João Falcão e “Compadre de Ogum - Os Pastores da Noite”, dirigido por Edvard Passos. Atualmente, estou filmando a série “Novela”, original Amazon Prime.
"Eu comecei com os vídeos em 2019. Na época, eu estava dando aulas de como falar em público e como se expressar diante da câmera, então, os vídeos eram mais com essa temática de dicas, conselhos e respostas de perguntas que me enviavam. Com o passar do tempo, principalmente depois que fiz um perfil no TikTok, os vídeos passaram a ser sobre coisas que eu gosto de observar na comunicação entre as pessoas. Manias, trejeitos, vícios, obstáculos que todo mundo tem na hora de se comunicar, seja presencialmente, seja em redes sociais. Hoje em dia, faço vídeos quando tenho um pouco mais de tempo livre e também quando tenho vontade. Não me “obrigo” a ter uma meta de vídeos por semana, por exemplo. Quando tô a fim, vou lá e faço."
Você fala abertamente sobre ser uma pessoa não mono, como foi o processo de auto aceitação? Conta pra gente.
R: Sobre ser não mono, esse foi um processo muito orgânico, não foi algo que eu decidi, tipo “vou ser assim”. Simplesmente, percebi que o modo como eu enxergava as relações, afetivas e/ou sexuais, “combinava” com o que era chamado de não-monogamia. Eu sou não-mono há 16 anos e, lá no começo, falava-se bem menos sobre isso do que hoje. Naquela época, eu só conhecia o termo “relacionamento aberto” e eu tinha um certo medo de encarar uma relação assim, por achar que seria muito julgado, já que não tinha outras referências. Recebi a proposta da minha parceira da época e, confesso, fui resistente no início. Até que resolvi assumir minha primeira relação não mono e fui muito bem recebido pelo meu entorno, fui conhecendo outras pessoas “no mesmo barco” e isso me deu mais força. Ser não-mono tem a ver com o modo como eu vejo as relações e como eu acredito que o mundo possa ser a partir disso. Pra mim, o conceito de amor sempre esteve muito próximo do conceito de liberdade. É por isso que a monogamia nunca fez sentido pra mim. A conta não fechava quando eu me deparava com a ideia de “gosto tanto de você, que te quero só pra mim”. Claro que não é apenas sobre isso, a não-monogamia toca em um leque imenso de outros pontos. E, sendo um homem hétero, tenho consciência de que a monogamia pega mais leve comigo, já que, socialmente, tenho “permissão” de ser mais livre do que uma mulher. Todas as relações que tive, algumas compostas por muitos erros meus também, me ajudaram a moldar a pessoa que sou hoje. E esta pessoa é muito feliz nesse sentido.
VISIBILIDADE TRANS - GABRIELA NAOMI X
VISIBILIDADE TRANS - DJ CRIS NEGRINI
CANAL GAY NERD POR QUE É TÃO NECESSÁRIO
Gente vim aqui pra indicar esse canal mais que necessário
pros dias atuais.
Vou começar com a descrição do canal: “Ser gay é fabuloso.
Ser nerd é incrível. As duas coisas juntas, então, é o melhor dos mundos!
Vídeos sobre comportamento, cultura LGBT, dicas de séries, filmes, games,
livros, HQs e tudo que passar pela cabeça do criador, Marcel Nadale”.
Conheci o canal durante uma pesquisa para uma entrevista que
eu fiz com meu amigo Hiago Hukerman para falar sobre a vida de uma pessoa que
vive com HIV e encontrei um vídeo do canal onde Marcelo fala de uma experiencia
em que um homem se revelou HIV positivo para ele e a reação dele não foi das
melhores. O vídeo é incrível pois mostra a reflexão que nós humanos fazemos
após adquirir conhecimento, vou deixar o vídeo aqui para quem quiser entender
mais.
Confesso que passei a assistir cada vez mais o canal e gente
o criador do canal Marcel Nadale fala de forma didática sobre os mais diversos
e difíceis assuntos e fica muito fácil compreender.
Graças a um vídeo do canal eu pude falar sobre promiscuidade
entender melhor o tema e falar sobre isso sem tabus.
Me emocionei vendo o vídeo sobre relatos de homofobia onde
ele conta as situações em que ele sofreu homofobia e o que ele prendeu.
Eu indico o canal pra todas as gerações, é imprescindível
hoje buscarmos conhecimento e melhor ainda quando ele é passado de forma
prática e de fácil entendimento.
O canal aborda assuntos como HIV como já citei, namoro,
paquera, desconstrução de tabus como tamanho do pênis, diferença entre amor
paixão e tesão, assédio sexual dentro da comunidade entre inúmeros assuntos.
Além disso o canal dá dicas de séries e filmes LGBTQIA+, faça sobre divas do
pop, onlyfans e mais.
Galera não perde tempo corre assinar esse canal e curtir
esse material.
Garanto que além de divertido vai ser muito instrutivo e
leve.
Já estou aqui maratonando.
Vou propor um desafio: Assista 3 vídeos se gostar deixa se
inscreve no canal e me conta o que achou. Fechado?
Aproveita e segue em todas as redes sociais para engajar
nossos criadores e valorizarmos a comunidade LGBTQIA+.
Youtube: http://bit.ly/CanalGayNerd
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SOMOS A REALEZA - HOMENAGEM A ELZA SOARES 1930-2022
SOMOS A REALEZA – PRETA RARA
Joyce da Silva Fernandes (13 de maio de 1985, Santos),
conhecida pelo nome artístico Preta-Rara, é uma rapper, professora de história,
feminista e ativista brasileira.
Destacou-se na luta contra a subalternização das empregadas
domésticas, com foco na sua posição racializada, ao criar a página de Facebook
Eu, empregada doméstica em 2016, onde partilhava relatos de abuso. A página deu
origem a um livro em 2019. O seu trabalho
contra o preconceito alarga-se também a questões de corpo, sendo uma ativista
contra a discriminação de mulheres gordas.
Sua primeira experiência como cantora foi com apenas 10
anos, quando a mãe a obrigou a frequentar a igreja. Começou a fazer rimas aos
12 anos.
Joyce Fernandes trabalhou sete anos como empregada
doméstica, tal como as duas gerações anteriores na sua família. Em 2008, depois
de ter sido apanhada a ler uma biografia de Olga Benário, foi encorajada pela
empregadora a matricular-se na faculdade.
Entrou na Universidade Católica de Santos em 2009, onde
completou estudos em História. Pouco tempo depois, conseguiu um estágio e ficou
a trabalhar no Monumento Nacional Engenho dos Erasmos.
Tornou-se professora de história e deu aulas a adolescentes
durante sete anos.
Joyce Fernandes adoptou o alter-ego de Preta Rara, em 2005,
quando tinha 20 anos, quando criou um dos primeiros grupos de rap femininos em
Santos, o Tarja Preta.
Abriu vários espetáculos de grupos de rap ao nível nacional
e ganhou vários prémios em São Paulo. O grupo terminou as suas atividades em
Outubro de 2013.
Em 2013, lançou a marca de acessórios "Audácia Afro
Moda".
Em 2015, lançou o seu primeiro álbum a solo, Audácia, de
forma independente. O álbum aborda as temáticas habituais na obra de Joyce
Fernandes, nomeadamente o racismo e a subalternização da condição a que as
mulheres negras estão destinadas na sociedade brasileira. O álbum foi feito em
forma de rimas e poesias, contando a trajetória de vida da cantora e toda sua
militância nos movimentos sociais, e no qual contou com participações especiais
de GOG, Ieda Hills, DJ Caíque e DjDanDan.
Em 2016, criou a página "Eu Empregada Doméstica"
na rede social Facebook, partilhando situações de abuso a que tinha sido
sujeita enquanto empregada doméstica. A iniciativa despoletou denúncias de
milhares de mulheres em situações semelhantes e tornou-se viral, captando a
atenção da mídia brasileira e internacional.
Em 2017, criou o Guia de Direitos das Trabalhadoras
Domésticas em colaboração com o Observatório dos Direitos e Cidadania da Mulher
e o coletivo feminista Como uma Deusa.
Neste mesmo ano de 2017, idealizou e apresentou a websérie
“Nossa Voz Ecoa”, disponível no YouTube, entrevistando grandes personalidades
como Criolo, Érica Malunguinho, Liniker, entre outros. Esta websérie foi
contemplada no Proac Cultura Negra / 2016.
“A senzala moderna é o quartinho da empregada” – é
com essa analogia e subtítulo que Preta-Rara lança em 2019 o seu primeiro livro
intitulado “Eu, Empregada Doméstica" (Edições Letramento), três anos após
o aparecimento da sua página no Facebook, com o mesmo nome, onde ela recebe e
publica relatos de inúmeras trabalhadoras domésticas. A obra foi lançada
durante a Festa Literária das Periferias (FLUP), no Rio de Janeiro. O livro
garantiu-lhe atenção na mídia internacional, nomeadamente na revista M do
jornal francês Le Monde, bem como no New York Times.
Em 2018, foi indicada para a Medalha Mietta Santiago
(Medalha de Ouro) pela deputada federal Ana Perugini - a condecoração visa
valorizar iniciativas relacionadas aos direitos das mulheres.
Em 2019 recebeu o prêmio Beth Lobo de Direitos Humanos das
Mulheres pela Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana, da Cidadania,
da Participação e das Questões Sociais, da Assembleia Legislativa do Estado de
São Paulo.
Em 2020 estreou como apresentadora no programa Talk Five,
transmitido no GloboPlay, da Rede Globo.
Gente o que falar dessa pessoa mais que necessária no
cenário geopolítico, atual e cultural que nós vivemos.
Fica aqui um convite a você que está lendo, corre conferir a web série NOSSA VOZ ECOA anexada acima e ouvir as canções dela. Arte pura.
Não deixe de fortalecer a seguindo nas redes sociais @pretararaoficial
Nutrição para Soropositivos – Como a Alimentação Pode Ajudar no seu Tratamento
Não é novidade para ninguém que pessoas soropositivas devem
seguir rigorosamente algumas regras para ajudar no seu tratamento e melhorar
sua qualidade de vida. Esses cuidados também se aplicam a sua dieta.
Seguir as recomendações médicas podem melhorar a eficácia do
tratamento para o HIV/AIDS. Continue a leitura deste artigo e saiba mais sobre
os benefícios de manter um suporte nutricional quando está se enfrentando o
vírus da imunodeficiência humana.
Vivendo com HIV – Nutrição para Soropositivos
Pessoas que vivem com o vírus no organismo tendem a
apresentar diversos problemas secundários ocasionados pela doença, além de
afetar o apetite, outros fatores também podem ser observados. Entre eles estão
a redução da absorção de alimentos, perda de peso, mais rápida do que se
comparada a uma pessoa sem a infecção, desnutrição, diarreia frequente, entre
outros.
O organismo de uma pessoa soropositiva sente mais
necessidade de energia e nutrientes, uma vez que precisa combater a infecção.
Quando o paciente não se alimenta adequadamente ou de forma suficiente, os
alimentos não são absorvidos e consequentemente a energia é puxada das reservas
acumuladas de gordura e proteínas corpóreas. Essa condição pode levar a sérios
quadros de perda de peso e massa muscular.
Como Deve ser a Dieta de um Paciente com HIV – Nutrição para
Soropositivos
Para melhorar a absorção nutricional, o paciente deve seguir
uma dieta equilibrada e rica em vitaminas, nutrientes e proteínas. Com isso,
alguns alimentos deverão fazer parte do seu cardápio diariamente, enquanto
outros devem ser evitados ou consumidos apenas ocasionalmente.
Alguns fatores podem influenciar na decisão sobre a sua
alimentação, entre eles estão:
Idade;
Gênero;
Estado da saúde;
Condicionamento e atividades físicas.
Essas características específicas servirão para seu médico
avaliar quais alimentos, porções e frequência de alimentação serão necessárias
para você se manter saudável.
Quais Alimentos Inserir e Quais Retirar da Minha Dieta?
Após conversar com seu médico sobre como seguir uma dieta
benéfica ao seu quadro, você deve manter uma lista de alimentos que devem ser
ingeridos e outra com aqueles que devem ser evitados. Além disso, é
interessante manter um controle sobre o que você come para levar ao seu médico
responsável caso solicitado.
Alguns alimentos que devem fazer parte da dieta de uma
pessoa soropositiva são:
Arroz, Cereais e grãos diariamente;
Frutas e legumes variados ao menos cinco vezes por dia;
Azeite no preparo das refeições;
Pães pelo menos uma vez ao dia;
Carne branca, especialmente peixes;
Ovos;
Consumo de batatas cozidas ou assadas divididas em 4 ou 6
porções diariamente.
Alguns alimentos que NÃO devem fazer parte da dieta de uma
pessoa soropositiva são:
Produtos lácteos gordurosos como leite, iogurte, manteiga,
margarina e queijos;
Carnes gordurosas;
Embutidos;
Açúcar branco;
Refrigerantes;
Café e chás durante as refeições;
Bebidas alcoólicas;
Comer a menos, ou mais, das quantidades sugeridas pelo seu
médico pode não ser o ideal no auxílio ao tratamento do HIV.
Manusear os alimentos adequadamente e higienizá-los antes de
preparo e ingestão também devem ser medidas a se tomar cuidado, uma vez que
diversos alimentos podem estar contaminados com vírus, fungos ou bactérias
capazes de causar problemas ainda maiores a sua saúde. Não deixe de procurar
seu médico para ajustar sua alimentação e adequá la ao tratamento do HIV.
Fonte: https://www.drakeillafreitas.com.br/nutricao-para-soropositivos/
SOMOS A REALEZA - ROGER CIPÓ
Roger Cipó nasceu na periferia de Diadema e é fotógrafo,
tendo como foco de trabalho o cotidiano e as celebrações das comunidades
negras. Criou nas redes sociais a plataforma Olhar de um Cipó, em que documenta
as religiões de matriz africana. Participou do FOTORio em 2016 com a exposição
individual AFÉTO.
Irreverência é a palavra para a construção de conteúdo do
escritor, fotógrafo e influenciador digital Roger Cipó. Em sua conta no
Instagram, que já soma 110 mil seguidores, Cipó divide conteúdos em pequenos
quadros que são disponibilizados no feed, em live ou no IGTV. Nomes como
“Tindó”, referente ao aplicativo de relacionamento somado ao sobrenome do
criador, em que ele ajuda a formar casais, “Hidrata e Troca Ideia”, quando
hidrata o cabelo e a pele enquanto troca ideia sobre temas da semana com os
seguidores, são alguns dos formatos de sucesso do influenciador nas redes.
Recentemente, Roger realizou uma campanha para aumentar o número de seguidores
de outros colegas produtores de conteúdo.
“Comecei a me perguntar sobre como a fotografia foi
utilizada pelo racismo, pra manter alguns imaginários sociais e justificar o
assassinato do jovem negro pela polícia porque parece um bandido ou justificar
a violência contra as mulheres negras por causa da hipersexualização”, explica.
“Foquei nas tradições religiosas no Brasil, brutalmente impactadas pelo
racismo, demonizadas, para apresentar aspectos de humanidade, mostrando que as
pessoas são pessoas.”
Corta para 2020 e Cipó conduz um verdadeiro Namoro na TV em
suas lives no Instagram, toda sexta-feira. Parece um salto extremo de um ponto
a outro, mas há um fluxo natural que conecta tudo. O Papo Foda é um programa
feito por stories em que Roger fala de deseducação sexual. “A gente aprendeu
uma prática sexual muito voltada para o prazer do homem cis-heteronormativo,
não necessariamente está ligado ao prazer e é muito atravessado por
violências”, teoriza.
Quando a pandemia chegou, percebendo que todos que podiam
estavam em casa e grudados na internet, Cipó resolveu fazer uma transmissão ao
vivo do seu Instagram. Logo percebeu que seu público estava flertando entre si.
“A galera não tava nem entendendo o que eu estava falando, porque o cara estava
mais interessado em saber quem era a menina logo acima”, lembra. A live começou
às 11 da noite e terminou às 5 da manhã. “Virou balada!”, lembra Cipó. “No
final do dia tinha uma audiência de mil pessoas que passou a madrugada comigo e
perguntando se no dia seguinte teria de novo.”
A live recebeu o apelido de Tindó, num trocadilho com o nome
do aplicativo de relacionamentos, gerando uma parceria com o Tinder. A
transmissão teve visitas de nomes como Rodriguinho, Lázaro Ramos, Fábio Porchat
e até Conceição Evaristo, que deixou Roger completamente sem chão.
Roger estava escrevendo um livro sobre afeto e
masculinidade, que inevitavelmente mudou para abranger tais questões em tempos
de pandemia, mas sonha em lançar seu livro de fotografias sobre os terreiros
que frequentou. “Antes de mim, quem fazia isso eram homens brancos, meio National
Geographic, ‘Vamos desvendar os mistérios de um terreiro no sul da Bahia’. Isso
é só fetichização”, crava. “Só que é caro. A gente ainda não tem quem invista
200 mil reais num álbum de fotografia.”
Que tal engajar o trabalho do mano?
Siga nas redes sociais @rogercipo
Aqui um vídeo de sua participação no TEDx no youtube e
algumas fotos feitas pelo artista.
SOMOS A REALEZA - TUYOSOMOS A REALEZA - TUYOSOMOS A REALEZA - TUYOSOMOS A REALEZA - TUYOSOMOS A REALEZA - TUYOSOMOS A REALEZA - TUYO
Tuyo é uma banda brasileira de folk futurista ou
afrofuturismo, como preferem chamar, formada em Curitiba no ano de 2016.
Formada por Jean Machado e pelas irmãs Lilian e Layane Soares, ex-integrantes
da banda Simonami.
BANDA FORMADA POR:
·
Lilian Soares - vocal (2016-presente)
·
Layane Soares - vocal e guitarra (2016-presente)
·
Jean Machado - vocal, violão e guitarra (2016-presente)
O trio traz uma mistura de elementos sintéticos somados ao
folk e ao soul. Com composições marcantes e subjetivas, guiados pela
complexidade das emoções humanas, Tuyo traz em suas letras a temática da
melancolia da vida adulta e os relacionamentos inter e intrapessoais. Criando
de camadas de interpretação que serve para viver em um "não-lugar",
como eles mesmos dizem em sua bio do Spotify.
Em 2017, lançaram o EP "Pra Doer" que conta também
com uma versão remix disponível no youtube, e em 2018 o disco "Pra Curar.
Possuem parcerias com nomes como Baco Exu do Blues, Lucas Silveira (banda
Fresno), Rael, Terno Rei, Drik Barbosa e Lenine. Foi eleita pelo The New York
Times como destaque do Festival SXSW 2021[4] e atualmente lança seu novo álbum,
"Chegamos Sozinhos em Casa", dividido em dois volumes, ambos lançados
no ano de 2021.
Em 2021, juntamente com Xan, compôs e performou a canção
"Eu Nasci Ali" para a trilha sonora do filme Valentina, vencedor de
diversos prêmios e, atualmente, disponível na Netflix para assinantes.
Gente esse som é muito good vibes.
Vale a pena houve o EP e CDs por completo.
EP Pra Doer:
Eu não consigo escolher qual a melhor versão do EP a
original ou remix rs
O álbum atual do trio "Chegamos Sozinhos em Casa"
é uma experiencia única.
Não deixem de conferir e de seguri a banda nas redes sociais
Instagram: https://www.instagram.com/oituyo/
Twitter: https://twitter.com/oituyo
TikTok: https://www.tiktok.com/@oituyo_
Facebook: https://www.facebook.com/oituyo
Summer of Soul' pode levar o Oscar ao resgatar festival negro de 1969
Feito em grande parte com imagens lindamente restauradas a
partir de filmes que ficaram apodrecendo num porão durante 50 anos, o
documentário "Summer of Soul" apresenta uma versão resumida e
arrebatadora do Harlem Cultural Festival. O diretor Ahmir "Questlove"
Thompson fez um enorme trabalho de pesquisa e entrevistas com artistas e
pessoas que assistiram aos shows ao vivo naquele verão nova-iorquino do fim da
década de 1960.
Mas o ouro são as 40 horas de gravações em fitas de áudio e
vídeo feitas pelo cinegrafista e produtor Hal Tulchin, que, na tentativa de
atrair algum interesse da indústria cultural americana pelo que tinha captado
naqueles seis domingos, apelidou o festival de "black Woodstock". Em
vão. O material ficou esquecido até a sua morte, em 2017, quando foi cair nas
mãos de Questlove, que viu, entendeu a importância do que viu e decidiu
produzir o documentário.
Ele caprichou na edição, que vai aos poucos construindo um
retrato da tensão racial na sociedade americana naquele momento, em que jovens
negros eram mandados para a Guerra do Vietnã em números muito maiores do que os
brancos e muitos dos que ficavam eram perseguidos e mortos pela polícia.
A desconfiança da população negra com o establishment era
tão grande que os organizadores do festival chamaram membros do partido
político Panteras Negras para fazer a segurança. No Harlem, a pobreza e a
epidemia de drogas eram os problemas que mais preocupavam seus moradores.
O documentário "Summer of Soul" tem um título bem
maior, na verdade -é seguido por "(...Ou, Quando a Revolução Não Pode Ser
Televisionada)". A frase entre parênteses remete ao nome e ao refrão do
poema musicado "The Revolution Will Not Be Televised", escrito por
Gil Scott-Heron, músico americano considerado uma fonte de inspiração do rap e
que se tornou um hino informal dos ativistas dos Estados Unidos no final dos
anos 1960.
Esse filme marca a estreia na direção do músico e produtor
americano líder da banda The Roots, que toca no programa "Late Night with
Jimmy Fallon", na NBC, e que dirigiu a orquestra da última cerimônia do
Oscar.
Foi um dos mais aclamados pela crítica do mundo todo no ano
passado, quando foi lançado, e está sendo considerado um forte candidato a uma
indicação ao Oscar de melhor filme do ano. Não de melhor documentário --mas
filme, o prêmio mais importante da cerimônia, que neste ano acontece no dia 27
de março.
O fato de chegar ao Brasil só agora, discretamente e no
canal de streaming do Telecine, que desde seu lançamento apresenta inúmeros
problemas técnicos, é quase tão revelador quanto outro dado, ainda mais
inacreditável. O festival de música negra que ele documenta aconteceu durante
seis semanas no mesmo verão em que o homem chegou à Lua e que aconteceu o
festival de Woodstock, mas foi completamente esquecido.
A chegada do homem à Lua foi vista ao vivo na TV por 1
bilhão de pessoas ao redor do mundo. Durou menos de três horas. O festival de
Woodstock aconteceu a duas horas de distância de Nova York, durou um final de
semana chuvoso e ficou conhecido com um dos maiores eventos da música popular
da história.
Enquanto isso, no Harlem, durante seis domingos no verão de
1969, aconteceram shows gratuitos de nomes como Stevie Wonder, Nina Simone, Sly
and the Family Stone, Gladys Knight, Mahalia Jackson e B.B. King, entre muitos
outros.
A única vez que a televisão local foi até lá foi justamente
no dia seguinte à chegada de Neil Armstrong e Buzz Aldrin à Lua, em 20 de
julho, para gravar a reação dos negros a esse marco histórico da conquista do
espaço.
O que o repórter branco queria, e conseguiu, era um
contraponto à exaltação do público em geral em relação ao grande feito da Nasa
e do governo americano. As pessoas que lotavam o parque Mount Morris (hoje
Marcus Garvey) na tarde do dia 21 de julho de 1969 não poderiam se importar
menos com "o grande salto para a humanidade" dado pelo astronauta.
Não porque não enxergaram a grandeza do "pequeno passo para o homem"
de Neil Armstrong, mas porque no verão de 1969 as prioridades dos negros eram
outras.
E porque eles estavam testemunhando um outro acontecimento
histórico, um feito inacreditável do cantor e promotor Tony Lawrence,
praticamente um desconhecido com um enorme poder de persuasão, que convenceu o
departamento de parques de Nova York --com apoio do prefeito republicano John
Lindsey e patrocínio da marca de café Maxwell House-- a contratar alguns dos
maiores nomes da música negra da época para se apresentar em uma série de
shows.
O ano anterior tinha sido violento no bairro negro e latino
de Nova York por causa do assassinato do pastor e ativista Martin Luther King,
em Memphis, no estado americano do Tennessee. Ele foi o quarto homem
assassinado naquela década que tinha uma posição política favorável à luta
pelos direitos civis.
Primeiro tinha sido o presidente John Kennedy, em 1963.
Depois, o ativista Malcolm X, em 1965. E, meses antes da morte de Martin Luther
King, o irmão do presidente Kennedy, Bobby Kennedy, que estava concorrendo à
presidência.
Em 1969, o clima do verão no bairro era de revolução, mas
outro tipo de revolução. Que, para nossa sorte, agora pode ser televisionada.
Trailer:
https://www.youtube.com/watch?v=1-siC9cugqA
SUMMER OF SOUL (...OU QUANDO A REVOLUÇÃO NÃO PÔDE SER
TELEVISIONADA)
Quando: estreia nos cinemas em 27 de janeiro (São Paulo, Rio
de Janeiro, Brasília, Salvador e Belo Horizonte)
Onde: disponível no Telecine Play
Classificação: 12 anos
Elenco: Al Sharpton, Dorinda Drake, Stevie Wonder
Produção: EUA, 2021
Direção: Ahmir "Questlove" Thompson
Avaliação: ótimo