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quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

FOTOS: ENTREVISTA COM O CANTOR PEDRO EDUARDO THE VOICE


APÓS SUA PARTICIPAÇÃO NO PROGRAMA THE VOICE PEDRO EDUARDO VEM CONQUISTANDO FÃS POR ONDE PASSA.
AGORA SOBE A SUPERVISÃO DE ZEZÉ SIMÕES PRODUÇÕES, O ARTISTA ESTÁ PRESTES A ALCANÇAR O SUCESSO POR COMPLETO.
ESTE MÊS ELE ESTEVE EM SÃO CARLOS E NÓS FOMOS ATÉ ELE PARA UM BATE PAPO MUITO INTERESSANTE.
CONFIRA AS FOTOS:







PRÉVIA :

Casal de idosos gays chacoalha a China

País onde os LGBT estão longe de terem seus direitos assegurados, a China viu uma inesperada demonstração de afeto homossexual esta semana. Um casal de idosos – um professor de história e um entregador de água – causaram polêmica ao postarem fotos juntos.
No Weibo, espécie de Twitter local, os dois compartilharam declarações de amor, fotos juntos – inclusive vestindo trajes de casamento – e vídeos por meio de sua conta, chamada “O amor de dois avôs”.
Segundo a agência “AFP”, uma das mensagens dizia: “Os que se opõem aos homossexuais não são pessoas normais e muito menos boas pessoas. Por acaso os homossexuais influenciam na sua vida, trabalho ou estudo? Por acaso eles fazem você comer e dormir mal? Na realidade nosso amor não é um erro”.
Eles ganharam cinco mil seguidores depois que começaram a divulgar o amor de um pelo outro. De acordo com a reportagem, eles planejam se casar ainda este mês e postar as imagens. Vale lembrar que na China o casamento entre pessoas do mesmo sexo não é legalizado.


BBB André Coelho já posou só de sunga para Hay Torres



A produção do Big Brother Brasil (Globo) apresentou os primeiros participantes da edição 2013 na tarde desta quinta-feira 3. Oito pessoas já estão confirmadas para entrar na casa. Outras seis ficarão confinados na Casa de Vidro instalada dentro do Santana Parque Shopping, em São Paulo, a partir deste sábado 5. O brasiliense André Coelho está entre os três casais que disputam duas vagas no reality show.
Dois dias antes da abertura da votação, o ParouTudo apresenta ensaio sensual do advogado para as lentes do fotógrafo e nosso mega parceiro Hay Torres. Quem gostar do moreno já pode ir fazendo campanha para ele entrar no programa. A escolha é do público. E aí: você quer ou não quer André Coelho no BBB13?
Detalhe: outros seis ex-BBBs participarão da edição 2013. Os “velhos/novos” jogadores só serão revelados na estréia do programa, que acontece na próxima terça-feira 8.






Adolescente de 15 anos se suicida por causa de bullying


Mais um adolescente tirou a própria vida nos Estados Unidos por ter sofrido bullying. Jadin Bell, de 15 anos, foi encontrado ainda com vida por seus pais, mas os danos cerebrais foram irreversíveis e eles decidiram, no final de semana, desligar os aparelhos.
Bud Hill, amigo da família, declarou que por trás do sorriso do jovem, que morava em La Grande, no Estado norte-americano do Oregon, escondia-se uma pessoa triste que sofria bullying frequentemente tanto na internet quanto na escola que frequentava por ser “diferente”.

Homossexuais dizem ter sido expulsas de bar após beijo no Rio


Após pedirem uma cerveja e se beijarem no restaurante Victor, na Lapa, no Centro do Rio de Janeiro, as estudantes Mariana Correia, de 24 anos, e Caroline Pavão, de 21, afirmam que foram expulsas do estabelecimento. Um homem de cabelos brancos teria sacudido Mariana pelo ombro e exigido que as duas saíssem do local, pois, segundo ele, aquela era uma atitude proibida. O caso aconteceu na noite de sábado (12).
 
A reportagem foi transmitida na Rádio CBN, nesta segunda-feira (14). “Depois disso eu peguei minhas coisas, fui até ele para questionar por que ele não gostava, o que não podia fazer ali, mas ele só ficava repetindo ‘não pode isso’, sem dar nenhum argumento consistente. Aí eu comecei a incitar e perguntar ‘É porque eu estava com uma menina? Se eu tivesse com um rapaz você teria me abordado, você teria me sacudido e pedido para eu sair?'”, contou Mariana.
 
A reportagem CBN esteve no restaurante Victor, na Rua do Riachuelo, número 32, na companhia de Mariana Correia. O homem que a expulsou no último sábado não foi encontrado. O gerente da casa, que não quis gravar entrevista, alegou que o homem não trabalha no estabelecimento nem seria cliente do local.
 
Mariana e Caroline vão registrar o boletim de ocorrência e, então, serão recebidas pelos advogados do Centro de Referência LGBT nesta quarta-feira (16) para formalizar a denúncia na Secretaria de Estado do Governo.
 
Restaurante é responsável
 
O coordenador do Centro de Referência LGBT, Almir França, afirmou que o restaurante é responsável pela omissão. “Com que autonomia, com que autoridade ele pode fazer isso? Com certeza ele é funcionário. Provavelmente não é funcionário registrado, eles usam dessa artimanha. Então o estabelecimento é que é denunciado, porque ocorreu dentro do estabelecimento. E se esse estabelecimento não for cuidadoso com o caso, ele também será notificado", afirmou.
 
Segundo a estudante Mariana, essa não foi a primeira vez que sofreu preconceito por sua orientação sexual. Ela já foi agredida com o soco no olho por um homem em uma boate, quando estava acompanhada de uma mulher. A polícia foi chamada. O agressor foi condenado a pagar cestas básicas, o que para ela desmotiva a denúncia
 
No entanto, a orientação do Centro Referência LGBT é de que a vítima registre sim o boletim de ocorrência, deixando claro que o crime foi motivado por homofobia.

Ator de Titanic, Victor Garber, assume ser gay

Victor Garber, conhecido por interpretar no filme "Titanic" o criador do navio, Thomas Andrews, assumiu nesta terça-feira (15) a homossexualidade durante uma entrevista para o programa "Greg in Hollywood".
 
O ator revelou ainda que mora em Nova York, nos Estados Unidos, com o namorado, o modelo Rainer Andreesen. Além disso, Victor falou um pouco sobre o seu relacionamento, que já existe há muito tempo.
 

"Eu não gosto de falar sobre isso, mas todo mundo sabe. Ele virá comigo para o SAG Awards. Meu companheiro Rainer Andreesen e eu estamos juntos por quase 13 anos, em Greenwich Village. Nós amamos Nova York", afirmou o ator. 

Além de Titanic, Garber já participou de filmes como "Milk", "Legalmente Loira" e recentemente de "Argo" (dirigido por Ben Aflleck).  

Confira na galeria acima outras celebridades que assumiram a homossexualidade para o mundo! 



Assumir homossexualidade favorece desempenho no trabalhoAssumir homossexualidade favorece desempenho no trabalho



Publicado pelo UOL 
Por Edson Valente 

Assumir a homossexualidade no escritório ainda é tabu para muita gente, mas há companhias que já facilitam o processo. Essa abertura foi decisiva para que o administrador de empresas Vital de Carvalho (abaixo), 42, revelasse para os colegas sua preferência sexual.



"Foi um desafio para mim. Algo por que tinha de passar, assumir para mim mesmo e não só para a sociedade. Uma afirmação de identidade”, lembra.
 
A decisão foi tomada em 1998, só dez anos depois de haver começado sua carreira na Du Pont como estagiário. Abrir o jogo humanizou, por assim dizer, as relações de Carvalho no ambiente corporativo. “Antes eu não tinha final de semana [aos olhos dos colegas], entrava em um casulo”, considera.
 
Depois de ter “saído do armário”, o administrador levou seu parceiro a uma festa de comemoração da empresa, realizada em 2002, na Sala São Paulo, no centro da capital paulista.
 
Em 2004 sua vida passou por nova mudança, desta vez geográfica: foi transferido para a unidade de Camaçari (BA), onde ocupa o cargo de controller de operações. “Já cheguei me assumindo, para colocar o tom no novo ambiente de trabalho”, frisa. “E também não tive qualquer tipo de repressão.”
 
Carvalho conta que se valeu de uma rede global desenvolvida pela empresa especialmente para a comunicação entre empregados LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros) para revelar que fazia parte desse grupo.
 
Desde então, ministra palestras sobre preconceito e homossexualidade dentro da própria companhia. “Sempre houve um ambiente de respeito, nunca sofri discriminação.”
 
Maior produtividade
 
Para Jackeline Busnello, gerente de diversidade do HSBC, um ambiente livre de discriminação, no qual as pessoas gostem de trabalhar, favorece o aumento de produtividade das equipes.
 
“A inclusão deve ser parte do pacote de atração e retenção de talentos. Percebemos, com base em pesquisas de engajamento, que os funcionários que se sentem incluídos e respeitados têm um comprometimento maior com a empresa,” analisa.
 
Levantamentos realizados pelo comitê de diversidade do HSBC apontam que o índice interno de satisfação com o nível de inclusão passou de 64% em 2009 para 71% em 2011.
 
De acordo com a coach Marcela Buttazzi, sócia-diretora da MB Coaching, a resolução de se admitir gay “é uma questão de postura, de atitude”. “De não se sentir coagido”, avalia.
 
“A pessoa não pode ter medo de se expor. O foco dela vai ser o trabalho, uma vez que suas competências técnicas e comportamentais independem da sexualidade”, diz a especialista.
 
Benefícios
 
Nas empresas que possuem políticas mais receptivas, a atitude de admitir-se homossexual também costuma se reverter em beneficios formais concedidos ao empregado e ao seu parceiro.
 
No HSBC, o reconhecimento da união estável de casais homossexuais se dá desde 2007 e permite compor renda para contratar financiamento imobiliário, além de incluir o companheiro ou a companheira no plano de saúde, no seguro de vida e na assistência odontológica. Também é concedida folga de cinco dias para comemorar a união estável.
 
A Du Pont adota, desde 2004, uma política que permite ao funcionário LGBT a inclusão do companheiro do mesmo sexo em planos de assistência médica e nos procedimentos de reembolso de 75% na compra de medicamentos.
 
“O casal precisa comprovar dois anos de união estável”, salienta Nelci Mello, gerente de recursos humanos da Du Pont Brasil e representante do Time Central de Respeito às Pessoas na América Latina da empresa.
 
“É um processo idêntico ao de companheiros de sexos diferentes, o que reforça nosso posicionamento de inclusão”, desenvolve. “Não queremos discriminação. Não queremos levantar bandeira nenhuma, porque todos nós temos diferenças. O respeito pela diversidade de modo geral promove a cooperação, a criatividade, a comunicação transparente.

Site divulgou lista polêmica dos papas mais gays da história


 Bento fumaçando em três... dois... um...
 
Publicado pelo Instituto Diversidade
 
O site The Bilerico Project fez uma lista com cinco papas católicos que eles classificaram como “mais gays da história”. O site formulou a lista a partir de boatos sobre a história desses papas. Veja a lista abaixo:
 

Júlio III (1550-55): nomeou Innocenzo, de 15 anos, como o principal agente diplomático do Vaticano e dividia a cama com ele.
 

João XII (955-63): ele teria feito festas homéricas com uma profusão de homens no Vaticano.
 

Bento IX (1032-45, 1045 e 1047-48): dizem que não escondia de ninguém sua orientação homossexual.
 
 
Paulo II (1464-71): era chamado pelos funcionários do Vaticano de “Nossa Senhora da Piedade”, por conta de suas suntuosas vestimentas e jóias.
 

Paulo VI (1963-78): boatos dizem que ele tinha um relacionamento estável com um jovem ator de cinema. 

Artigo: Por que a obsessão com o que gays fazem entre quatro paredes?


As discussões sobre a emancipação homossexual nos ensinam, na pior das hipóteses, que o pênis ocupa um lugar elevado no imaginário conservador. Como a torre negra de Mordor, ele paira sobre todo o resto: preenche a mente e tapa a luz. Quem tenta fingir o contrário sempre tropeça nos próprios pés chatos.
 
Não é verdade que a gente "só pense em sexo", protestou a jornalista católica Melanie McDonagh na revista "Spectator". Sem corar, ela então se pôs a demonstrar que conseguia pensar em poucas outras coisas. A sociedade deveria tolerar homens e mulheres cuja atração por seu próprio sexo não seja expressa em relações sexuais, explicou ela, ao iniciar sua discussão sobre os perus dos vigários. Então, se um vigário usa o seu pênis para fazer sexo "sem um propósito procriador", ele deve ser colocado para fora da Igreja Católica.
 
 
O marechal britânico Bernard Montgomery tinha "relações
apaixonadas, mas não consumadas, com rapazes"
 
A obsessão pública de McDonagh com aquilo que as pessoas educadas antigamente chamavam de "partes íntimas" não seria tão importante se não fosse partilhada por todas as religiões e por muitos na imprensa conservadora e no partido Tory [conservador].
 
A Igreja Anglicana é bem mais liberal que o judaísmo ortodoxo, o catolicismo e todas as versões do islamismo. Mesmo assim, ela crê numa versão modificada do credo de McDonagh. Um vigário pode estabelecer uma união civil, admitiu a Igreja Anglicana neste mês. Mas, se desejar que seus superiores o elevem a bispo, ele deve submeter sua vida sexual a um interrogatório. Só será promovido se puder declarar que se abstém do sexo.
 
Essas são perguntas que constrangem mais o interrogador do que o interrogado. Imagine se você fosse atrás de um emprego e o entrevistador dissesse que você é ideal para o cargo, mas que, para poderem contratá-lo, você precisaria dizer com quem fez sexo e quando foi a última vez que o ato sujo ocorreu. Por que alguém que não seja um voyeur iria perguntar uma coisa dessas?
 
Aliás, diante da comoção com o casamento gay, quem gostaria insistir que os gays e lésbicas devem ser os únicos grupos que não podem gozar de plenos direitos civis?
 
A resposta sedutora, que tem atraído autores homo e heterossexuais, foi resumida na explicação que uma paciente do psicanalista Stephen Grosz deu para a desaprovação do seu pai ao relacionamento dela: "Quanto maior a fachada, maior a traseira".
 
Ela havia descoberto que seu pai secretamente mantinha o mesmo tipo de relacionamento que ele havia condenado no caso dela por ser mantido abertamente. Ele estava escondendo sua culpa atrás da sua raiva.
 
Muitos homofóbicos que escancaram seu desgosto com as "práticas antinaturais" imitam aquele senhor. Em 1965, o primeiro visconde Montgomery de Alamein tentou impedir a revogação das sanções penais aos homossexuais, bradando que, ao permitir o sexo gay, "poder-se-ia igualmente tolerar o diabo e todas as suas obras". Como era de se esperar, Nigel Hamilton, seu biógrafo, revelou que o marechal Monty, que comandou as tropas britânicas durante a Segunda Guerra, tinha relações apaixonadas, mas não consumadas, com rapazes.
 
Nos EUA, o caminho que vai do púlpito à sauna gay já foi tão pisado por pregadores evangélicos que surpreende ainda haver uma folha de grama sobre ele. Diante de mais um escândalo, um cansado Christopher Hitchens escreveu: "Sempre que escuto algum falastrão de Washington ou do coração cristão do país martelando os males da sodomia, mentalmente anoto seu nome no meu caderno e satisfeito acerto meu relógio. Mais cedo do que tarde, ele será descoberto sobre seus cansados e desgastados joelhos em alguma latrina ou motel vagabundo".
 
VOCÊ QUE É
 
Sei que é perigoso generalizar num tema tão vasto e complicado quanto a sexualidade humana, mas aprendi, na minha vida admitidamente protegida, que os homens que são, como eles dizem, "seguros" da sua heterossexualidade têm pouco interesse naquilo que seus amigos homossexuais fazem na cama, e que nossa indiferença é recíproca.
 
Sempre que ouvimos conservadores anunciarem que a igualdade para os gays "abala o casamento", pensamos: nossos casamentos podem resistir a isso, o que há de tão errado com o de vocês?
 
Como no caso dos antissemitas, com suas fantasias sobre um poder secreto dos judeus, há uma ponta de inveja na voz de muitos dos que condenam os direitos dos gays. O "Journal of Personality and Social Psychology" confirmou essas suspeitas ao publicar pesquisas com estudantes que se diziam heterossexuais.
 
Os pesquisadores mensuraram a distância entre o que os estudantes diziam e como eles reagiam a imagens de casais gays e pornografia gay. Os que se ficavam mais atraídos tinham mais propensão a demonstrar intenso medo dos homossexuais.
 
Mas "vão se catar, vocês são gays" não é uma resposta adequada ao preconceito, por mais verdade que isso possa ser em casos individuais. Isso é cair na falácia de todas as discussões: "tu coque" ["você que é"]. Se um orador diz que "homicídio é errado", e um espectador diz "mas você é um homicida", ele provou que o orador é um hipócrita, mas não que o homicídio é correto.
 
Da mesma forma, mostrar que muitos conservadores nutrem desejos por aqueles a quem condenam não elimina o estigma da homossexualidade. Nem altera as opiniões dos homofóbicos que não são enrustidos.
 
Michael McManus descreve uma cena de arrepiar em "Tory Pride and Prejudice" ["orgulho e preconceito tory"], seu estudo histórico da longa luta dos conservadores liberais para mudar a mentalidade do seu partido. Jerry Hayes, um exuberante parlamentar do "baixo clero" conservador, chega a um bar na Câmara dos Comuns, em 1986. O Departamento de Saúde havia decidido que a única forma de lidar com a nova ameaça da Aids seria falar ao público da forma sexualmente mais explícita. Mas ser franco com o eleitorado também significava que algum infeliz precisaria ser franco com a dona Margaret Thatcher.
 
Ele encontra Willie Whitelaw com aspecto cansando e entornando um whisky sem gelo. "O que há de errado?", pergunta. "Eu precisei explicar a Margaret sobre sexo anal", é a resposta.
 
Ninguém disse que Margaret Thatcher reprimia um lado lésbico. Mas, em seus dias mais sufocantes, o governo dela aprovou uma medida nociva e pouco conhecida, chamada Artigo 28, que foi a última lei contra os homossexuais a ser promulgada por um Parlamento britânico. Também não se pode dizer que todo mundo que acredita nos anátemas cristãos, islâmicos e judaicos está negando seus impulsos homoeróticos. São apenas crentes obedientes às suas autoridades religiosas, e dispostos a tirar proveito da sua autorização para perseguir.
 
Como no caso de Thatcher, seu desinteresse pela homossexualidade não os restringe, o que só serve para mostrar que o ódio flui de muitas fontes. No caso da homofobia, ela pode ser voyeurística, impertinente, hipócrita, ter minhoca na cabeça e ser secretamente invejosa, ou pode ser ignorante, alimentada pela turba e servil à autoridade.
 
No fim das contas, não importa. Ninguém tem o direito de negar tratamento igual a um concidadão por motivo algum. Não tenho dúvidas de que é mais satisfatório para gays e lésbicas dizer "tu quoque", mas "noli me tangere" [não me toque] é a resposta mais conclusiva.

Anúncio na Nova Zelândia mostra Papa celebrando casamento gay



Um anúncio de uma companhia de energia da Nova Zelândia vem causando polêmica no país. A empresa Powershop resolveu fazer uma peça publicitária a favor do casamento gay.
 
Na imagem, um Papa aparece todo feliz celebrando o casamento de dois rapazes. Alguns cidadãos da Nova Zelândia consideraram que o anúncio é uma ofensa a Igreja Católica.
 
A empresa de energia se defende, dizendo que liberdade e igualdade fazem parte dos valores da companhia.
 
A entidade máxima de controle da publicidade do país, ao receber solicitações de que o anúncio seria desrespeitoso com a Igreja, rejeitou os pedidos e deu apoio à empresa de energia.

Daniel Radcliffe vive poeta gay no cinema



O ator Daniel Radcliffe assume outro papel adulto em seu caminho para fugir da imagem de ídolo bonitinho do universo adolescente por causa de suas atuações como o bruxo Harry Potter.
 
Depois de ficar nu na peça de teatro Equus, e de viver um pai viúvo no terror A Mulher de Preto, Radcliffe estreou na última sexta-feira no filme Kill Your Darlings, exibido no Festival de Sundance em Utah. O ator vive Allen Ginsberg, poeta gay participante da geração beat, um movimento de contracultura do começo dos anos 1960. No longa, Daniel fica novamente nu e protagoniza duas cenas de sexo com homens, um deles mais velho.
 

Segundo o diretor John Krokidas, o jovem não teve problema com as cenas homossexuais, mas antes pediu conselhos do próprio diretor. “Radcliffe simplesmente me perguntou, ‘John, você é gay. Como isso funciona?’”, contou Krokidas ao The Huffington Post e complementou falando que o ator lidou com muito profissionalismo com cada cena, sem timidez ou ansiedade.
 
Ao que parece, produções do tipo ainda não foram o suficiente para afastar as fãs da saga Harry Potter, que continuam a perseguir o ator por todos os lados e causaram frenesi durante o festival.
 
Quando perguntado sobre a presença de fãs em produções que nada têm a ver com os mágicos filmes de Potter, Radcliffe diz não se importar sobre o motivo que leva pessoas ao cinema, mesmo se o motivo for sua fama. “Sinto que eu tenho a oportunidade de capitalizar a fama de Harry Potter fazendo trabalhos que provavelmente não receberiam tanta atenção. Se eu puder ajudar um filme como este a ficar famoso, sem dúvida acho isso ótimo”, revelou.

Bebê in vitro filho de casal gay faz aniversário solidário no Recife


Faz quase um ano que o sorriso de Maria Tereza chegou para iluminar a vida dos pais Mailton Alves Albuquerque, 35 anos, e Wilson Alves Albuquerque, 40. A criança foi o primeiro bebê brasileiro filho de um casal homoafetivo masculino e concebido através de fertilização in vitro registrado pela Justiça. A menina faz aniversário dia 29 de janeiro, mas a festa será no domingo (27). Ao invés de presentes, os convidados devem levar doações para um abrigo de crianças pobres com deficiência no Recife. Esse foi o jeito que os empresários arrumaram para despertar o espírito de solidariedade entre amigos e parentes.
 
A ONG Lar Rejane Marques será a beneficiada com os donativos. Sem fins lucrativos, a instituição acolhe crianças com deficiência física e/ou mental, vítimas de violência doméstica e em situação de vulnerabilidade social. "Quando começamos a pensar na festa, vimos que Maria Tereza não precisava de nada. Pensamos, primeiro, em ajudar pessoas que estão sofrendo com a seca, mas, por indicação, conhecemos o Lar Rejane Marques, que, por ser uma organização pequena, tem mais dificuldades em arrumar recursos", falou Mailton.
 
O casal pediu aos 300 convidados donativos para colaborar com a manutenção da instituição, como lençóis, toalhas, remédios e leite. "Nós fomos conhecer o lugar e dói no coração ver crianças jogadas à própria sorte. É que quando você tem um filho, você vivencia um amor incondicional e é difícil entender como alguém o abandona, mas, claro, cada caso é um caso, não podemos julgar os pais delas. Nossa ideia é que as pessoas conheçam essa realidade e, se acharem por bem, depois continuem a ajudar o Lar", explicou Wilson.
 
Atualmente, 16 crianças, de zero a dez anos, estão abrigadas na ONG, que fica no bairro de Campo Grande. A maior parte foi abandonada pelos pais. O local funciona apenas por meio de doações. "Precisamos de alimento, principalmente carne, que nunca vem, fraldas tamanho G e GG, remédios, sofás, ventiladores e outros eletrodomésticos. A casa precisa em torno de R$ 50 mil por mês para se manter, por isso doação em dinheiro também é importante", informou a coordenadora executiva do Lar Rejane Marques, Rita de Cássia Vasconcelos.
 
Apenas 20 pessoas trabalham na instituição, em sistema de plantão. Por isso, o apoio de voluntários é bem-vindo. "O voluntário potencializa cada ação da casa, levando a criança para um passeio, para um médico, fazendo um aniversário, além de ajudar na mobilização de recursos e gestão. Fico feliz com essa ação do casal, pois mostra como a sociedade está evoluindo, pensando no bem de todos", disse a coordenadora
 
Dia a dia
 
A chegada do bebê mudou a rotina do casal, que está junto há 16 anos. O escritório onde trabalham, na Ilha do Leite, no Recife, precisou adaptar-se, com brinquedos pelo chão e o berço ao lado das mesas. "A sensação é que temos uma responsabilidade maior, de cuidar de uma outra vida. A gente faz tudo com ela, pois queremos que ela nunca se sinta sozinha. Estamos aprendendo no dia a dia a cuidar dela, é assim com todo pai de primeira viagem. Hoje, quem manda na gente é Maria Tereza", brincou Mailton.
 
A decisão de terem um herdeiro aconteceu há dez anos, quando estabeleceram uma união estável. Na época, uma resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), que estava em vigor desde 1992, determinava que os usuários da técnica de fertilização deveriam ser mulheres em união estável ou casadas. Em 2010, Mailton fez um intercâmbio no Canadá, onde conheceu outro casal gay que já tinha três filhos, concebidos através da técnica.
 
Interessado pela ideia, em janeiro de 2011 ele recebeu a notícia que esperava há muito tempo: o CFM mudara a resolução, decidindo que todas as pessoas capazes poderiam utilizar a técnica. No mesmo mês, os dois procuraram uma clínica no Recife e começaram a fazer os exames.
 
Todas as mulheres da família, entre irmãs e primas de Mailton e Wilson, se prontificaram a ajudá-los. Depois dos testes, ficou decidido que uma prima de Mailton iria emprestar o útero para gerar a filha do casal. A família aprovou a iniciativa. Os dois doaram espermatozóides para serem fecundados com óvulos de um banco de doadoras. Dessa primeira vez, foi utilizado um óvulo fecundado por Mailton.
 
Em 2012, foi o juiz Clicério Bezerra quem possibilitou que a certidão de Maria Tereza tivesse o nome dos dois pais, um caso inédito na época. Os dois vão providenciar este ano o segundo filho. Wilson é quem vai doar, desta vez, o material genético. "Nós nunca sofremos nenhum tipo de preconceito, pelo contrário, muitas pessoas nos reconhecem e parabenizam pela iniciativa, principalmente heteros. Estamos educando nossa filha da maneira mais natural possível, para que ela entenda que tem dois pais e enfrente qualquer dificuldade no futuro, pois o bullying só tem sucesso quando a pessoa se ofende, senão vira apenas uma piada sem graça", falou Wilson.
 
Serviço
Lar Rejane Marques
Rua Esberard, n° 235 - Campo Grande - Recife
Telefone: (81) 3241-4249
Fax: (81) 3212.0009
 

Psicólogo fala sobre o prejuízo que universo LGBT sofre com sua divisão em grupos


Ao longo da História, o Homem foi estabelecendo regras para poder se organizar “melhor” em grupo. Tradições religiosas, demandas sociais e econômicas contribuíram para que a heterossexualidade se tornasse a única orientação sexual “verdadeira”, “correta”, “natural”, “fixa” e “possível”. Por causa da Revolução Industrial, as cidades europeias ficaram muito populosas a partir do século XVIII. Era preciso estabelecer regras para o controle da população.
 
Disciplinar para tornar as pessoas obedientes, produtivas e lucrativas era a palavra de ordem da época. A família nuclear (papai, mamãe e filhinhos) vai se tornando a célula fundamental e funcional que sustentava a burguesia capitalista industrial que surgia. A religião e a ciência, financiadas principalmente pelos novos burgueses, endossavam todas as formas de disciplina e controle que os favorecessem. Aqueles que não se adequavam às normas eram submetidos a tratamentos para se tornarem “normais” e “funcionais”. Caso não adiantasse, poderiam ser até mesmo mortos ou mandados para instituições isoladas de confinamento.
 
Séculos antes, influenciados principalmente pelas ideias dos filósofos gregos Sócrates (469 – 399 a.C.) e Platão (428 – 328 a. C.), acreditava-se que era justamente na alma que se localizava a verdadeira identidade da pessoa. Por meio da confissão religiosa, descobriu-se que o corpo iria manifestar na carne os desejos que estavam na alma. Portanto, para saber quem a pessoa era, bastavam saber quais eram seus desejos. Baseados nas tradições, normas e costumes estabelecidos, os sacerdotes faziam um minucioso levantamento de todos os tipos de desejos e os classificavam em “normais” e “anormais”. Quaisquer práticas sexuais que não obedecessem às leis da procriação, casamento e família, eram consideradas anormais imediatamente.
 
Aquilo que parece estranho e anormal sofre preconceito instantaneamente. Então, o grupo de excluídos acaba reproduzindo o que foi feito com eles. Padrões de “superioridade” e “inferioridade” serão criados dentro do próprio grupo. No caso dos homossexuais, por exemplo, os principais subgrupos criados são: os leathers, os ursos, os intelectuais, as barbies, os alternativos, os fashions, as poque-poques, as finas, os pães com ovos, os fora do meio, os andróginos, enfim...
 
Para se proteger, diante de tantas diferenças, o ser humano tem a necessidade de se sentir mais forte em relação ao outro. Elege seu grupo como sendo o único possível, digno, natural, superior e verdadeiro. Ataca e hostiliza os demais, pois sente vontade de se colocar superior, por meio de uma hierarquia fantasiosa que ele mesmo convenciona. No fim, ele não percebe que quer queira quer não, depende e está conectado a todos os seres que existem. É preciso mudar nossa mentalidade competitiva para uma mentalidade cooperativa. Possivelmente, assim haverá maior crescimento, harmonia, paz, solidariedade e união entre todos nós.
 
Bibliografia Consultada: FOUCAULT, Michel História da sexualidade I – a vontade de saber. São Paulo: Graal Editora, 2010. NIETZSCHE, Friedrich Vontade de Potência. São Paulo: Editora Vozes, 2011.
 
Pedro Paulo Sammarco Antunes é psicólogo. Atualmente está cursando doutorado em Psicologia Social pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Em 2010 defendeu o título de mestre em Gerontologia pela mesma instituição. Concluiu sua pós-graduação lato-sensu em Sexualidade Humana pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo em 2008. Tem experiência na área de psicologia clínica com ênfase em sexualidade humana.

Apoiadores do casamento gay também fazem manifestação em Paris



As associações favoráveis ao casamento gay na França realizarão neste domingo uma manifestação para expressar seu apoio a um projeto de lei para legalizá-lo que começará a ser debatido terça-feira e que provocou há duas semanas um grande protesto contra a medida em Paris.
 
Os organizadores asseguram que a passeata de hoje não é uma resposta à manifestação que no dia 13 de janeiro reuniu 340.000 pessoas, segundo a polícia, e um milhão de participantes, de acordo com os organizadores.
 
Mas será inevitável fazer comparações em função da polêmica que o casamento homossexual gerou no país. "Não é o mesmo se manifestar contra algo do que a favor de algo", disse a porta-voz do governo, Najat Vallaud-Belkacem, que poderá ser um dos rostos políticos que desfilarão hoje pelas ruas de Paris.
 
 
Para o porta-voz do coletivo de Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transexuais (LGBT), Nicolas Gougain, o autêntico objetivo da manifestação é "lembrar ao governo seus compromissos" diante da pressão dos grupos contrários à lei, que foram recebidos pelo presidente, François Hollande, no palácio do Eliseu na sexta-feira passada.
 
Apesar do encontro, que durou apenas meia hora, Hollande mostrou sua intenção de seguir adiante com a aprovação de uma lei que representa cumprir uma de suas promessas eleitorais e que "constitui um grande avanço para a igualdade entre todos os cidadãos", indicou o Eliseu.
 
Em entrevista publicada hoje no semanário Le Journal du Dimanche, a ministra da Justiça, Christiane Taubira, autora do projeto de lei, assegurou que com a iniciativa o governo regulariza "uma realidade social e humana" e que o texto "vai proteger as famílias e os direitos das crianças".
 
 
O direito à adoção é o ponto que gera mais controvérsia e divide a opinião dos franceses, amplamente favoráveis ao casamento gay.
 
O projeto de lei que chegará na terça-feira ao Parlamento engloba o direito dos casais homossexuais adotarem um filho, mas não inclui a possibilidade de que um casal de lésbicas tenha um filho mediante fertilização artificial. Este direito, amplamente reivindicado pelas associações homossexuais e que Hollande se comprometeu a adotar, o governo deverá contemplar em uma lei apresentada em março.