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terça-feira, 26 de março de 2019

Lacrando: Pabllo Vittar anuncia turnê especial por 7 Paradas LGBTQ+ pelos EUA

 A gente vem comentado aqui há algum tempo sobre os convites que pintaram pra Pabllo Vittar se apresentar em duas das maiores paradas LGBTI+ dos Estados Unidos. A primeira delas, em Los Angeles, e a seguinte em Nova York.
Pois nesta terça-feira (26), nós fomos pegos de surpresa com o anúncio de que estas não serão as únicas datas em que a cantora toca no país. Além das duas cidades, Pabllo tem apresentações agendadas em Boston, Miami, Chicago e San Francisco!
Nós nem cabemos de tanto orgulho! Não achou o suficiente? A cantora também aproveita o mês de agosto, quando rolam esses shows, pra dar um pulinho no Canadá, onde sobe ao palco em Toronto! Todos as novas apresentações fazem parte de eventos ligados ao orgulho LGBTI+ no Hemisfério Norte – daí o título da turnê, “Não Para Não: Pride Tour”.
O anúncio chegou ainda há pouco, pelas redes sociais. Se liga só:


HIV e Sexo Oral

Você pode se contaminar com HIV através de sexo oral desprotegido? Talvez esta seja a pergunta mais ouvida em consultórios médicos de todo o mundo na última década.
Apesar de todos os órgãos oficiais de saúde declararem em suas políticas públicas de combate ao HIV que há sim risco de contaminação via sexo oral, os dados epidemiológicos ao longo de mais de 35 anos da epidemia mortal dizem ao contrário. Desde o primeiro caso confirmado da doença nos EUA, em 24 de Abril de 1980 pelo morador de São Francisco Ken Horne, não há nenhum caso confirmado na literatura médica de contaminação por HIV via sexo oral.
Estamos falando de centenas de pesquisas e artigos científicos, milhares de longos questionários respondidos por novos diagnosticados com o vírus em clínicas médicas de todo o mundo.
E nenhuma confirmação científica. Alguns infectologistas de renome, já ousam dizer em público o que a maioria pensa em particular: que o risco de contaminação por sexo oral é zero.

Mas se é zero, e há todas as evidências científicas que apontam nesta direção, porquê os órgãos reguladores mundiais que definem a política de combate contra a HIV/AIDS, não atualizam suas informações? As principais teorias se baseiam em duas justificativas: Que ao anular o risco de infecção oral oficialmente, e no futuro se confirmar uma contaminação, os governos estariam sujeitos a processo bilionários de entidades de classe e pessoas físicas.
E que a mudança da política levaria a um relaxamento generalizado na já frágil prevenção de riscos entre a população, levando a um aumento nas relações desprotegidas em geral, aumentando o número de infecções via sexo anal e vaginal, comprovadamente transmissores do vírus.
Nos EUA, o Center for Disease Control and Prevention ( CDC ) um dos órgãos que regula a política de combate ao HIV no país, mantém a classificação de “ baixo” para risco de contaminação oral. Já o portal oficial do governo americano sobre todos os assuntos relacionados ao HIV, o aids.gov diz que : “ Você pode pegar HIV realizando sexo oral em seu parceiro masculino, embora o risco não seja tão elevado em comparação ao sexo vaginal e anal desprotegido” e completa sobre o risco de fazer sexo oral em uma mulher “ O vírus HIV é encontrado nas secreções vaginais , portanto há risco de contaminação “.
Aqui no Brasil, o portal do governo também vai na mesma linha : “ Especialistas consideram o sexo oral como uma prática de risco moderado, uma vez que a contaminação está ligada às condições da boca que está em contato com o órgão genital de uma pessoa infectada, por exemplo. Nem sempre se notam os pequenos machucados na mucosa da boca, que pode ter microlesões causadas até mesmo pelo sangramento na escovação dos dentes” e ainda conclui “O médico Ricardo Sobhie Diaz, professor adjunto da disciplina de doenças infecciosas da Escola Paulista de Medicina (Unifesp), confirma que as informações sobre a contaminação por meio do sexo oral são conflitantes. O risco é pequeno, porém não pode ser ignorado”
Será que estas declarações amplas trazem tranquilidade a milhares de pessoas a beira de um ataque de nervos após uma exposição sexual, tentando analisar os seus riscos? Difícil né.
É importante antes de avançarmos na discussão, entendermos exatamente de quais riscos estamos falando, que segundo o CDC são os seguintes:
• Riscos de contaminação por HIV e Sexo Oral
• Receber Sexo Oral ( pênis na boca ): 0%
• Fazer sexo oral ( boca no pênis ): 0 a 0,04% (1 caso em 2500 exposições)
Lembrando que sexo oral não é só o famoso “ boquete “, também inclui o cunnilingus (boca na vagina) e o anilingus (boca no ânus) e para essas variações vale a mesma regra: fluídos da vagina e ânus podem conter o vírus.
A dificuldade de encontrar números e estatísticas de risco exatos em relação ao sexo oral é ainda maior.
Quando alguém vai fazer sexo, é normal mesclar atos orais com penetrações vaginais e anais na mesma relação, tornando mais difícil o isolamento do risco oral dos demais.
De qualquer maneira, alguns pontos em relação ao sexo oral são unanimidade entre os infectologistas:

– O maior risco, se existir , é para o parceiro “ receptivo “ do sexo oral, no caso o que está “ recebendo” o pênis ou a vagina em sua boca. Teoricamente, a transmissão do HIV poderia ocorrer se algum fluído sexual como o sêmen no pênis , líquidos da vagina ou sangue da menstruação por exemplo, entrarem em contato com algum corte, úlcera, ou área inflamada da boca ou garganta de quem está “ realizando” o ato oral.
– Um estudo da Universidade da Califórnia, de São Francisco, mediu o risco de contaminação por HIV por ato sexual com alguém soropositivo em 0,04% – número dentro da faixa de risco da tabela do CDC. Vamos analisar estes números e colocá-los em perspectiva:
Estamos falando na prática que se uma pessoa saudável e sem HIV, realizar sexo oral em uma pessoa comprovadamente soropositiva, o que convenhamos é difícil de saber na prática, ocorreria 4 contaminações a cada 10.000 exposições. Teoricamente.
Este mesmo estudo da Universidade da Califórnia mediu em 0,82% o risco de contaminação por contato sexual com alguém comprovadamente soropositivo, se a exposição for via sexo anal.
E neste caso, não há nenhuma discordância entre toda a comunidade científica. A maior fonte de contaminação de HIV é sem dúvida, o sexo anal.
A preocupação mais real e prática, segundo os infectologistas que defendem o risco zero de contaminação oral pelo HIV, é com relação á herpes, gonorreia, clamídia e sífilis.
Estas doenças sexualmente transmissíveis transitam com relativa facilidade entre as mucosas orais, vaginais e anais,e há milhares de casos confirmados de contaminação via sexo oral na literatura médica.

Um estudo de Chicago determinou que 13,7% dos casos de Sífilis foram atribuídos ao sexo oral. Já com relação a gonorréia, um levantamento realizado em clínicas de saúde americanas mostrou que entre 5 a 10% dos pacientes estavam com a doença na garganta, uma relação direta e irrefutável do meio oral de aquisição. Um outro estudo de 2004 entre a população americana mostrou que 82% dos adultos sexuais ativos nunca usaram camisinha no sexo oral.
A ciência:
Há inúmeras razões científicas para explicar porque o sexo oral não apresenta riscos para contaminação de HIV, vamos as principais delas.
A estrutura da mucosa humana:
Há apenas alguns “ pontos de entrada “ no corpo humano vulneráveis ao HIV. Na prática estamos falando das membranas mucosas e no contato do vírus á corrente sanguínea direto do corpo, como por exemplo, quando uma seringa contendo sangue contaminado com HIV ser injetada diretamente no corpo, perfurando todas as camadas epiteliais e com a agulha acessando as veias e estruturas internas com grande fluxo de sangue.
Neste caso o risco de contaminação é muito alto porque o vírus esteve em contato DIRETO com a corrente sanguínea. O HIV, porém, não consegue penetrar a pele humana, ou mesmo pequenos cortes, pelo fato que elas não oferecem acesso direto á corrente sanguínea do corpo, condição obrigatória para a contaminação ocorrer. Voltando as membranas mucosas, o nosso corpo é cheio delas. Na parte interna do nariz, na vagina, nos olhos, gengivas e cavidades orais, no reto/anus, etc.
Enquanto as membranas mucosas da vagina e anus possuem receptores e estruturas celulares que permitem o vírus acessarem a corrente sanguínea, outras mucosas do corpo como a do nariz e boca, possuem estruturas celulares diferentes. Na boca, as células receptoras do HIV estão presentes em número muito menor do que na vagina por exemplo, e estão localizadas em partes mais profundas da mucosa oral. O HIV possui enorme dificuldade de encontrar estas células receptoras na boca humana.
Vulnerabilidade do vírus:

É fato comprovado na comunidade científica que o vírus HIV é fraco e não consegue manter a sua virulência e potencial de infecção fora do corpo humano. Durante uma transa anal sem proteção por exemplo, qualquer fluído infeccioso se mantém dentro do anus, sem se expor aos elementos externos como temperatura, ph, acidez, oxigênio e umidade. Quando o vírus é exposto a qualquer um destes elementos, sua estrutura celular começa e se desintegrar, ele começa a “ morrer” e se tornar inativo imediatamente. Sem a sua estrutura celular em plena capacidade, o vírus não consegue se unir aos receptores das membranas mucosas e efetivamente iniciar o processo de infecção.

Proteínas e Enzimas como inibidores do HIV:
Também não há discordância na comunidade científica sobre os efeitos da saliva humana contra o vírus HIV. Inúmeros estudos mostram que as proteínas e enzimas produzidas nas glândulas parótidas e salivares funcionam como uma arma mortal contra o HIV, chegando até a 50% de inibição em alguns casos. É um fato incontestável.
Infectologistas confirmam que:
O volume de dados científicos sobre a aparente falácia da contaminação oral pelo HIV tem levado um grupo cada vez maior de profissionais da saúde a se manifestarem publicamente sobre o tema, indo conta os protocolos sugeridos pelos órgãos reguladores da política de combate a AIDS. Dois dos mais famosos infectologistas que declararam publicamente o risco zero para transmissão do HIV via oral, são pesos pesados do mercado americano.
Dr.Edward W Book é formado pela Universidade de Alabama, especialista em HIV/AIDS e autor do livro “Current Diagnosis & Treatment of Sexually Transmitted Diseases – Lange Medical Books/McGraw-Hill” e Dr.Hunter Handsfield é formado pela Universidade de Washington, especialista em doenças infecciosas e pesquisador chefe do Centro Batelle de Pesquisas Públicas de Saúde ( Battelle Centers for Public Health Research and Evaluation ).
Ambos estão entre as maiores autoridades em HIV dos Estados Unidos, e durante anos foram os líderes da comunidade online de prevenção ao HIV do portal Medhelp.com, onde respondiam perguntas de usuários, além de continuarem com suas práticas diárias em consultório e pesquisas científicas. Até hoje, quando se trata de dúvidas sobre HIV, as respostas públicas e arquivadas destes dois médicos á milhares de perguntas sobre o tema são referência de resultados no Google e artigos científicos.
*Dr. Hunter Handsfield
“Não há debate , entre os experts da área, sobre os riscos de contaminação por HIV via sexo oral. O risco é tão baixo que nenhum médico que trata de pacientes soropositivos acredita que eles podem ter sido infectados por via oral. Entre os especialistas, é apenas uma questão semântica entre os termos “ baixíssimo risco” “ risco negligível” e termos como “ sem risco” e “ risco zero.”
“Sexo oral basicamente é sexo seguro. Completamente Seguro em relação ao HIV e com risco menor de infecção por outras doenças sexualmente transmissíveis quando comparado a relação vaginal ou anal. Se você manter uma rotina de sexo oral desprotegido e sexo vaginal e anal com proteção, não tem com o que se preocupar em relação ao HIV e um pouco a se preocupar com outras DSTs como gonorréia e sífilis.”
*Dr. Edward Hook
“É claro que é fácil encontrar pessoas que acreditam que a contaminação por hiv via oral é possível, mas não haverá nenhum dado científico para suportar a afirmação.”
“HIV não transmite por toque, masturbação, sexo oral, beijos, ou sexo anal e vaginal com preservativo.”
“A observação científica durante décadas da epidemia confirma que o HIV não é transmissível via sexo oral de nenhum tipo.”
“Eu não diria que o risco de contaminação de HIV por sexo oral é “ quase zero”. Isso é muito alto. Eu diria que é efetivamente zero. Não importa se houve ejaculação na boca ou não”.
Quando será que este assunto chegará á mídia tradicional, que poderá cobrar uma resposta mais efetiva dos órgãos reguladores?

Filme sobre bailarina trans aclamado pela crítica divide a opinião da comunidade LGBT

Recém indicado ao Globo de Ouro de Melhor Filme Estrangeiro, “Girl” será lançado mundialmente no catálogo da Netflix no próximo mês de janeiro. A obra vem chamando a atenção pela qualidade cinematográfica e pelas reações negativas de alguns ativistas LGBTs.
O filme co-produzido pela Netflix, conta a história real de Nora Monsecour, uma menina cuja transição de gênero chegou às manchetes da Bélgica quando tinha 16 anos e que sonhava em seguir carreira como bailarina. O longa marca a estreia do belga, Lukas Dhont na direção. Diretor e filme tem recebido duras críticas por parte da comunidade LGBT. Tanto pelo fato do ator que encarna a personagem Lara ser um ator cis como também por cenas consideradas violentas demais.
Para Nora Monsecour, que no filme se vê representada na personagem Lara, “Girl” conta a história da sua adolescência “de uma forma que não mente e também não esconde. Quem está criticando o filme está impedindo que outras histórias trans sejam compartilhadas com o mundo. Todos os dias vejo pessoas trans lutando por seus sonhos. Eles não são fracos ou frágeis. Dizer que a experiência da personagem não é válida por termos um ator cis ou por ter sido realizada por um diretor cis, acaba me ofendendo” escreve a trans retratada, em carta aberta ao Hollywood Reporter.
Para o diretor e para a bailarina, o filme contém cenas duras e honestas que podem ser perturbadoras de assistir, mas que são cruciais para mostrar as experiências vividas pela protagonista. “Quando uma personagem trans ou LGBT, surge quase sempre associada ao conflito com o mundo exterior. É o que vemos nos noticiários e ao redor. Por isso quis concentrar-me na personagem, no fato de ela ser sua maior antagonista. Ou porque o mundo funciona assim, ou porque há forças destrutivas dentro dela, queria que fosse uma personagem em diálogo consigo mesma” explica o diretor.
O diretor Dhont descreve que : “meu filme é feito com muito amor e com muito respeito e em um quadro maior, a todas as pessoas trans” em resposta as críticas que chamam seu filme de “perigoso” e “traumatizante”.
Apesar de nenhum plano formal ter sido anunciado, a Netflix considera adicionar um aviso tanto no início quanto no final do filme, da mesma forma que o serviço de streaming fez na série 13 razões. Dhont diz que ele endossa a ideia como de “grande valor”.
A bailarina Nora Monsecour, o diretor Lukas Dhont  e o ator protagonista Victor Polster
“Girl” vem trilhando seu caminho rumo à indicação do Oscar para Melhor Filme Estrangeiro. Os concorrentes ao Oscar serão conhecidos apenas no dia 22 de janeiro de 2019. Enquanto a cerimônia da próxima edição acontecerá no dia 24 de fevereiro. A obra venceu 4 categorias em Cannes, incluindo o prêmio Câmera de Ouro de Melhor Filme.
Assista o trailer:

Filme sobre caminhoneira transexual, terá pré-estreia gratuita no Itaú Cultural

O documentário “Fabiana”, dirigido por Brunna Laboissiére acompanha a última viagem da caminhoneira antes de se aposentar.
O filme convida o público a embarcar na boleia do caminhão e possibilita que o espectador veja de perto o cotidiano das relações e das várias histórias vividas na estrada. Além de mostrar as dificuldades de resistir como mulher e trans em um ambiente majoritariamente machista.
A última viagem de Fabiana Camila Ferreira, mulher transexual e motorista de caminhão, tem pré-estreia no Itaú Cultural, no dia 26 de março. O filme, primeiro longa-metragem da diretora Brunna Laboissiére, conta a história dessa mulher, às vésperas de se aposentar, que escolheu a estrada como casa ao tentar sair de um meio que lhe era hostil. Após a exibição, a própria Fabiana estará presente para um bate-papo com o público, juntamente a Brunna e Priscila, namorada da protagonista à época da produção. O filme será distribuído comercialmente ainda neste ano pela Olhar Distribuição.
A complexidade de Fabiana é potencializada por uma aposta no encontro filmado, fruto da proximidade estabelecida pela protagonista com a realizadora e, consequentemente, a câmera. Ainda que grande parte do filme transcorra na boleia de um caminhão, é forte o sentimento de liberdade que deriva das histórias narradas e, principalmente, da potência da imagem de Fabiana, ao recusar estereótipos e responder com leveza aos desafios que a vida lhe reservou.
Depois de 30 anos vivendo como nômade pelas estradas brasileiras, neste documentário Fabiana realiza sua última viagem antes de encarar a aposentadoria – hoje fato concretizado – que não significa apenas parar de trabalhar, mas também fixar residência e deixar para trás as aventuras de estrada. Mesmo com todas as dificuldades, viajar sempre foi sua paixão. Na adolescência, após ter se assumido como mulher transexual, estar na estrada foi uma forma de reinventar uma nova maneira de viver.

Segundo a diretora, foi o fascínio pelas vivências de Fabiana e a admiração pela sua coragem e forma de resistir enquanto mulher, trans, em um meio predominantemente de homens e machista, que a moveu a realizar um road movie. O desejo era também de conhecer melhor a personagem que guardava muito nas entrelinhas. “Essa decisão foi confirmada quando Fabiana me disse que iria se aposentar”, fala Brunna. “Por isso, foi crucial fazer este filme em sua última viagem, momento de um fim e um princípio. No caminho, sua companheira Priscila, embarcou com a gente, trazendo mais complexidade sobre o universo delas. ”

“Vivemos em um país em que um discurso conservador vem se intensificando e insistindo em desrespeitar o direito às liberdades individuais, entre elas à liberdade de livre escolha da identidade de gênero e sexualidade”, diz. “Neste contexto de intolerância, os índices de violência contra transexuais têm crescido muito nos últimos anos, sendo o Brasil o país com maior número de assassinatos de travestis e transexuais no mundo”, fala. “Por isso a importância de um documentário como esse. Por meio da abordagem da história de uma pessoa como Fabiana, podemos desconstruir estereótipos culturalmente concebidos, adentrando à humanidade universal de um indivíduo lutando por sua própria autonomia e liberdade. ”
Sobre o Rumos Itaú Cultural
Um dos maiores editais privados de financiamento de projetos culturais do país, o Programa Rumos, é realizado pelo Itaú Cultural desde 1997, fomentando a produção artística e cultural brasileira. A iniciativa recebeu mais de 64,6 mil inscrições desde a sua primeira edição, vindos de todos os estados do país e do exterior.  Destes, foram contempladas mais de 1,4 mil propostas nas cinco regiões brasileiras, que receberam o apoio do instituto para o desenvolvimento dos projetos selecionados nas mais diversas áreas de expressão ou de pesquisa.
SERVIÇO:
Pré-estreia Fabiana
Dia 26 de março
Às 19h
Duração: 120 minutos
Sala Itaú Cultural (piso térreo) 
Classificação indicativa: 12 anos
Entrada gratuita

The OA temporada 2: Os dois anos de hiato mais bem recompensados da sua vida

Olhos claros bem abertos, mente aparentemente confusa, pensamentos soltos sobre universos paralelos e realidades alternativas. O ano era 2016. Pouco antes de seu fim, a Netflix nos introduziu à uma série que mal sabíamos o quanto explodiria as nossas mentes, dando um nó na nossa própria percepção sobre narrativas televisivas. The OA era misteriosa em tudo: em seu cartaz instigante, em seus episódios alucinantes, mas principalmente em sua protagonista, ela mesma, com aqueles olhos, cabelos loiros bagunçados e uma pressa enorme em tudo que precisava fazer. E depois de dois anos e três meses de um longo hiato, a plataforma de streaming resgata na nossa memória o quão fascinante esse multiverso apresentado pela produção de fato é. A espera foi longa, mas recompensada com maestria.
Não dá para ser detalhista demais em termos técnicos do que o público testemunhará em The OA. Isso significaria entregar o ouro de uma série instigante, aparentemente lenta, mas explosiva na densidade de seus acontecimentos. Basta ser convidativa, a ponto de querer te fazer continuar a história de Praire (Brit Marling), uma jovem com habilidades - literalmente - transcendentais, que busca resgatar seus amigos de um nefasto pesquisador, que usa cobaias humanas para tentar descobrir os mistérios da vida (e da vida após a morte) e a existência de um mundo interdimensional e suas variações de realidades paralelas.
No novo ciclo, retomamos exatamente de onde paramos, com o caótico "desfecho" de Praire, diante de um ataque dentro da escola de seus novos amigos. No entanto, só percebemos isso pouco depois das mais de uma hora de seu primeiro episódio. Estranhamente, a produção continua sua trama como se tudo o que vimos não existisse. Nos deixando confusos, novos personagens aparecem, uma Zendaya quase aleatória entra na história (essa participação foi um dos segredos mais bem guardados) e a princípio, tudo mudou, a ponto de nos deixar cautelosos e até mesmo receosos com o que a tão aguardada nova temporada teria para nos oferecer. A desconfiança é logo suprida, conforme essa estranha narrativa começa a se desdobrar.
Aparentemente, entender The OA é uma tarefa impossível. Progressiva, a trama ganha novos desdobramentos, responde muitas perguntas em aberto desde o fim da primeira temporada, mas introduz coisas novas demais. Mas com uma construção impecável, a série se esquiva de furos e nos presenteia com uma sequência infinitamente superior daquela que vimos ainda em 2016. Dois anos e três meses depois, a produção parece ser como um vinho. Quanto mais deixamos o tempo fluir, melhor fica o seu gosto.
Bem dirigida e esteticamente fascinante, a série original da Netflix é talvez uma das mais criativas da atualidade. Instigando a audiência com subtramas complexas, ela nos leva à profundas reflexões sobre as limitações humanas, a imaginação e as consequências que pequenos e grandes atos podem acarretar no curso de nossas vidas. Ao explorar uma nova dimensão, conhecemos os nossos personagens mais a fundo, descobrindo contextos distintos daqueles que testemunhamos no ano um da série. De repente, nos pegamos repensando nossas próprias escolhas com o famoso "e se…?". Cruzando linhas temporais, The OA se arrisca a brincar levemente com a questão de continuum espaço-tempo, de maneira bem mais simples e até mesmo didática - sem teorizar demais, mas sempre promovendo teorias que borbulham nas nossas mentes.
Metalinguística e intrigante como o buraco do coelho de Alice no País das MaravilhasThe OAnão é nada satisfatória. Quanto mais descobrimos, mas queremos nos alimentar desse universo fantástico. E para cada pergunta respondida, novas aparecem, nos mantendo em um loop insaciável. Com um desfecho que promete tirar seu sono e revirar suas percepções, a série original da gigante do streaming nos deixa com um gostinho de quero mais, orando para que a terceira temporada não demore mais dois anos para acontecer. Quebra esse galho pra gente Netflix.

Vingadores - Ultimato: Cartazes individuais prometem justiça para as vítimas de Thanos

Plena terça-feira, você está de boas, "surfando" nas redes sociais, até que a Marvel decide lançar dezenas de pôsters de Vingadores: Ultimato! Aguenta coração!
Para comemorar como falta um mês para a estreia do aguardado filme dos irmãos Russo, os protagonistas do MCU estampam cartazes individuais, dividindo-os em dois grupos. As vítimas de Thanos (Josh Brolin) surgem em imagens preto e branco. Já os sobreviventes estão coloridos e prometem que justiça será feita! Confira na galeria acima!
Aliás, as fotos promocionais finalmente encerram as dúvidas dos fãs: minha Valquíria (Tessa Thompson) está viva! Prometendo ter três horas de duraçãoVingadores: Ultimato chega aos cinemas brasileiros em 25 de abril.
































sábado, 16 de março de 2019

Beni Fancone Livre, Leve e Voando Muito Alto




Beni Falcone ficou conhecido pelo publico na versão brasileira de Rebeldes da Rede Record.

Hoje aos 34 anos ele compartilhou sua sexualidade com o publico e mudou totalmente o visual e deu uma nova direção ao seu show. 



"Na real, nunca vivi uma vida 'dentro do armário'. Profissionalmente, há anos, me convenci de que para ser assimilado pelo mercado televisivo teria que não falar sobre determinados assuntos, não ser de uma certa forma. Topei o jogo, mas vi que isso não me faria feliz. E mais, vi que estava perdendo a oportunidade de usar meu trabalho como plataforma para iniciar conversas sobre o tema e que pudessem impactar positivamente a vida, inclusive, dessas pessoas que sempre acompanharam meu trabalho", confessa o artista, que diz não carregar fardo algum por se assumir gay.

"Sentia que estava perdendo meu tempo. Resolvi não mais me preocupar com a expectativa e opiniões dos outros a meu respeito e foquei em ser o artista que eu adoraria que tivesse existido quando eu era criança e adolescente", completa.

CANDYBLOCO
Atualmente, Beni se dedica a um novo projeto musical, o bloco carnavalesco Candybloco, que surgiu de todo esse processo de entendimento do papel transformador de aceitação que ele vive.
"Costumo dizer que o Candybloco é muito mais do que um bloco de Carnaval. É um movimento de amor, de celebração de quem somos e das diversas possibilidades de sermos. É também um movimento de resistência, em tempos tão esquisitos", afirma.
Uma das performances de Falcone no palco do hit 'Sissy That Walk', da drag norte-americana RuPaul, está bombando nas redes sociais e já foi elogiada e republicada pela artista. "RuPaul compartilhou duas vezes nossos vídeos, o clipe e a performance ao vivo. Fiquei muito feliz! Agora, quero que a Madonna compartilhe a versão que fizemos da música dela", torce o cantor, que deseja fazer parcerias com Anitta, Linn da Quebrada, Wanessa e Jeza da Pedra.






Pabllo Vittar escreve carta em apoio a comunidade LGBTQ+

Manxs,
Muitos de vocês não sabem quem sou, mas deixa eu me apresentar: sou um cantor gay e também uma drag queen em um país extremamente preconceituoso, o Brasil.
Vamos conversar sobre ironias? Por mais que a visão que as pessoas têm de morarmos em um país alegre, divertido e com a maior parada LGBTQ+ do mundo também é o país que mais nos mata (dados da Anistia Internacional).

Toda minha vida soube que era gay, tive o amor da minha mãe e minhas irmãs para lutar pelos meus sonhos.
A arte foi um caminho que encontrei para me expressar e através dela tive a oportunidade de fazer turnês, programas de TV e colaborar com outros artistas que admiro. Espero que de alguma maneira eu também inspire outras pessoas a serem elas mesmas, independente do medo e de todas as coisas ruins que nos rodeiam. Não é fácil, mas juntos nossas vozes soam mais alto enquanto mais barulho fizermos, mais difícil será para ignorarem nosso pedido de igualdade.
Seja gay, lésbica, trans, drag queen, não binário, esse é o nosso mês para refletirmos e nos amarmos como nunca, nossa luta é em nome do amor.
Amo vocês.