O jovem brasiliense José Lucas, de 18 anos, usou uma rede social para denunciar um suposto caso de agressão na boate OF! Club (Setor de Oficinas Sul) na noite da última sexta-feira 26. A denúncia contra a casa noturna voltada para o público GLS ganhou repercussão na web durante todo fim de semana e virou pauta de telejornais nos últimos dias. Em , ocliente diz ter sido vítima de homofobia.
“O segurança alegou que a gente tinha usado o banheiro várias vezes e que a gente tinha entrado junto no banheiro. E que a gente deveria pagar R$ 50 pra ele por isso. Foi quando eu neguei e disse que era absurdo isso. Afinal de conta, eu tinha pago a entrada da boate então isso daria direito de usar inclusive o banheiro deles. Então ele começou a me insultar”, contou em entrevista ao na segunda-feira 29.
José Lucas contou que foi encurralado pelo segurança, que chamou a chefe da equipe e outros três profissionais para resolver o problema. As agressões teriam começado dentro da boate com tapas no rosto e na barriga e terminou somente fora do estabelecimento, onde houveram os golpes ficaram ainda mais violentos,segundo relato.
Um amigo do jovem que não quis se identificar também fez declarações ao jornal: “Ele estava totalmente ferido, todo sujo. Ele estava em estado de choque. Inclusive também fiquei em estado de choque em vê-lo assim”. Um laudo médico do Hospital Regional de Taguatinga confirmou as lesões. O assunto voltou a ser tema no programa local na última quarta-feira 31. para assistir a reportagem com a versão de uma segurança que alega ter sido agredida por José Lucas.
O ParouTudo procurou Múcio Melo, proprietário da OF! Club, para comentar o caso. Abaixo você confere na íntegra nossa conversa com o empresário, que nega versão contada pelo cliente e conta que toda equipe de segurança envolvida no caso está dispensada até tudo ser esclarecido. O caso está sendo investigado pela 17ª Delegacia de Polícia de Taguatinga Norte.
Como você reagiu com a notícia da suposta agressão?
Com muito espanto, pois tudo ocorreu do lado de fora do estabelecimento, e o que chegou a meu conhecimento, logo depois que o rapaz foi retirado da boate, por estar agredindo clientes e criando tumulto na casa, é que, depois de cessada a discussão inicial com a segurança do lado de fora e depois de se recusar a ir embora com um cliente que se dispôs a leva-lo pra casa, o rapaz saiu andando pelo setor, como se tivesse decidido ir embora sozinho e só no dia seguinte através da mídia social é que fiquei sabendo que ele alegava ter sido agredido em nosso estabelecimento.
Minha primeira providência foi substituir toda a equipe e contratar uma empresa especializada, a ONLINE segurança, até que tudo seja esclarecido, pois o mais importante nesse momento é saber o que de fato ocorreu e continuar atendendo nossos clientes com todo o respeito e dedicação de 9 anos de trabalho.
A história contatada pelo cliente é a mesma relatada pelos seguranças a você?
São estórias totalmente diferentes. O segurança do open bar, depois de muito insistir para que ele ficasse calmo e parasse de perturbar os outros clientes, o retirou da área de open bar e não do banheiro como ele alega. A segurança Sandra se manteve o tempo todo do lado de fora da casa e só ficou sabendo que ocorria alguma confusão internamente, depois de o rapaz ter sido retirado do estabelecimento. Ele foi acompanhado por apenas um segurança, João Paulo, que o levou pra fora sem ter em momento algum agredido o rapaz.
Os outros seguranças se mantiveram em seus postos de serviço, porque ninguém imaginava que a situação pudesse se agravar. Eu cheguei a falar com o rapaz na frente da casa e pedi pra que ele fosse embora com o cliente, William Andrade, que se dispôs a leva-lo, mas ele se recusou e até gritou comigo que não queria saber de nada. Entrei na casa e tentei chamar a polícia por cinco vezes, mas a ligação não completou, foi quando retornei à frente da casa e o rapaz não estava mais lá.
Como você vê a cobertura da imprensa sobre o caso?
Os canais da imprensa que divulgaram, em primeira mão, de modo sensacionalista a estória sem se comunicar conosco, foram muito irresponsáveis, pois todo fato, tem pelo menos, duas versões. Fico espantado e pensando que vivo na idade média, pois nos condenaram sumariamente, até agora nada foi apurado e esse rapaz pode, simplesmente ter se metido em alguma confusão com outros clientes ou transeuntes que estavam no setor naquele momento, por tanto, devemos aguardar a apuração dos fatos para que os responsáveis sejam devidamente punidos.
Somos empresários que geram riqueza para o país e não é justo termos anos de trabalho duro estraçalhado por um acontecimento isolado. Estou extremamente abalado com a situação e sugiro que donos de bares boates, etc…se reúnam com o intuito de criarem mecanismos de proteção em suas empresas, pois, pelo que vejo, basta uma acusação para que seus negócios sejam aniquilados do mercado.
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