Mais um ciclo do universo de J. R. R. Tolkien se encerra com o terceiro filme da trilogia de “O Hobbit”. Nós já fomos ver “A Batalha dos Cinco Exércitos” e depois ainda batemos um papo com o ator Richard Armitage, que veio ao Brasil para a Comic Con Experience. No filme, ele interpreta Thorin, o líder da Companhia dos Anões que se une ao protagonista Bilbo Bolseiro de Martin Freeman e ao Gandalf de Ian McKellen para reconquistar a Montanha Solitária, dominada pelo dragão Smaug (Benedict Cumberbatch).
No terceiro filme, ele ainda tem a difícil missão de botar seu espírito de liderança à prova e deter um exército de orcs. O mais engraçado durante esse encontro com o ator foi quando Richard Armitage chegou para falar com a gente. No lugar daquele Thorin anão, barbudo, com cabelo comprido e jeito bruto, um britânico alto e elegante, com a barba feita e todo gentil. O assunto que todos queriam saber era o fim da trilogia. “Eu comecei a sentir saudades logo no último dia de gravação”, disse Richard, que também confessou ser um mega fã dos livros de J. R. R. Tolkien desde pequeno.
“Eu li ‘O Senhor dos Anéis’ no primário, aos sete anos. Foi um dos primeiros livros que li sozinho. Eu era muito familiarizado com esse universo e fazer parte dele é um sonho realizado”.
Desconstruindo Thorin Escudo de Carvalho
Para Richard, interpretar Thorin,
filho de Thráin, filho de Thrórn, o rei sob a montanha
, foi desafiador. Além de ter um temperamento forte e um lado emocional que cresce ao longo da trilogia, o ator disse que o personagem exigiu muito desempenho físico.
“Foram seis meses de exercício físico e mais oito meses de treinamento para assumir um anão e usar armas. Não sabíamos o quanto de batalha iríamos gravar até Peter Jackson assumir a câmera, então corremos sem saber até onde iríamos”.
E o mesmo choque que nós levamos ao vê-lo fora do personagem, ele levou ao ver Thorin pronto: “Sempre foi uma surpresa pra mim ver o filme terminado, nós éramos diminuídos por computação gráfica, eu ficava chocado. (…) às vezes eram técnicas mais caseiras, como colocar Ian McKellen (Gandalf) em cima de uma caixa para eu olhar na altura do peito”.
“A maquiagem levava cerca de duas ou três horas para ficar pronta. Eu sabia que seria assim desde o começo (…) Nós tínhamos que entender muita coisa pela expressão de Thorin e eu amei o resultado. Transformar um ator alto e magro num personagem baixo e largo foi desafiador”.
Sobre “O Hobbit: A Batalha dos Cinco Exércitos”
Richard conta que o filme é com certeza seu favorito. “Foi o primeiro que assisti em IMAX, com 48 fps. Ele te prende na poltrona, atravessa seu coração e mexe muito com você. No começo da grande batalha, meu coração até bateu mais rápido”.
Não é a toa, a sequência da batalha dura 45 minutos e prende os espectadores do começo ao fim. O ator atribui isso no modo Peter Jackson de contar história.
“Isso foi uma preocupação de Peter para o filme. Fazer 45 minutos de batalha sem ter uma ligação emocional com os envolvidos não valeria a pena. Cada personagem, cada família, tem uma preocupação. E isso é importante para o público torcer para que todos saiam vivos”.
E olha, pode criar muita expectativa para o confronto entre Thorin e Azog, foi a cena favorita dele em toda a trilogia. “Eu pensei nessa cena desde que o telefone tocou e soube que havia ganhado o papel”.
Trabalhando com a equipe de “Senhor dos Anéis”
Durante todo o bate-papo, Richard fez questão de falar o quão incrível foi todo o período de gravação e divulgação do filme.
Sobre trabalhar com Peter Jackson, ele conta que “ele tem a imaginação e a visão de uma criança, mas é um homem com muita experiência. Ele é ótimo em contar histórias e ouve sua equipe. Trabalhar com ele foi uma experiência rica e acabamos virando amigos bem próximos.
E trabalhar com o diretor é uma loucura? Sim. “Há todas essas histórias sobre Peter gravar em lugares inacessíveis. (…) Um dia, nos caracterizamos e subimos num helicóptero que nos deixou no topo de uma montanha e foi embora. Foi muito louco e inesquecível”.
Sendo Richard um fã de “Senhor dos Anéis” desde pequeno, perguntamos como foi entrar no elenco:
“Ian (McKellen) foi o ator com quem mais trabalhei e o primeiro dia de gravação, que abri a porta e ele estava na minha frente foi bem difícil. Eu era Thorin mas ao mesmo tempo eu era Richard, então fiquei tipo “uau, é o Gandalf!”.
E de ídolo para fã, Ian ensinou muito ao ator. “O que aprendi com ele foi me divertir, não levar tudo a sério, e deixar Peter Jackson contar a história sabendo que estou em boas mãos”.
“O Hobbit: A Batalha dos Cinco Exércitos” estreia HOJE, e acreditem…é de tirar o fôlego!
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