Muitas pessoas estão recorrendo a “dieta cetogênica”, em busca de um emagrecimento rápido. Esse tipo de regime tem como principal hábito a diminuição brusca do consumo de carboidratos. Os demais alimentos, como vegetais e proteínas, por exemplo, são liberados de forma restritiva.
Porém, essa dieta com muitas restrições, além de riscos à saúde, também faz com que a pessoa tenha muitos efeitos colaterais. Por isso, deve ser acompanhada por um profissional. Outro fator que os médicos alertam é para a alteração que provoca no humor, devido à diminuição de carboidratos ingeridos.
“Comemos alimentos que saciam, mas, como não posso comer carboidratos, sinto irritação e mau humor. Perdi 3 quilos na primeira semana e na segunda sofri muito. A partir da terceira, estava adaptada e, hoje, estou seguindo”, relata Renata Bispo, de 31 anos, praticante da dieta.
Atualmente com 106 kg, a motorista ainda ressalta que, antes de começar o regime, procurou orientação médica. “Com o meu histórico de problemas com peso, procurei uma nutricionista, até porque é uma dieta restritiva e complexa. Fiz exames, ela avaliou meu histórico e minha rotina, e daí sim, decidiu que seria a cetogênica”, explica.
Para o médico nutrólogo e presidente da Associação Brasileira de Nutrologia (Abran), Durval Ribas Filho, a dieta cetogênica só deve ser feita, justamente, com acompanhamento de um profissional. O especialista ainda explica que apesar de muitos alimentos ricos em gordura estarem disponíveis no cardápio, a restrição aos carboidratos é contraindicada em muitas situações.
“Existem várias contraindicações: insuficiência cardíaca, diabete tipo 1, transtorno bipolar, hipertireoidismo, insuficiência renal, depressão, cirrose, anorexia nervosa, bulimia nervosa, câncer, tuberculose ativa, uso prolongado de corticoide e gestação”, afirma o doutor.
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