A fotógrafa alemã Ellen von Unwerth tem se destacado no mundo da fotografia por conta de seus livros com altas doses de erotismo e uma certa luxúria “clássica”. Ellen retrata uma aristocracia lasciva onde homens são meros objetos de desejo de belas mulheres atrevidas e loucas por uma diversão mais permissiva. Recentemente Ellen encerrou sua exposição que durou de 7 de setembro de 2012 até 16 de fevereiro de 2013 fruto de seu mais novo livro de fotos The Story of Olga, em parceria com a editora Taschen,
CONTO DE FADAS ERÓTICO
Este livro lhe rendeu muitos comentários e já se transformou no atual objeto de desejo de amantes da fotografia e apreciadores de arte em geral que anseiam em ter esse verdadeiro “catálogo de luxo” sobre a liberal Olga. Na verdade “The Story of Olga” poderia ser visto como um ousado conto de fadas, porém sem a inocência inerente aos contos de fadas, devido aos excessos selvagens que Olga e sua comitiva celebram entre cenários opulentos, como um castelo pomposo ou estábulos rústicos. Com temas pitorescos e o erotismo libertino de Olga para seduzir o observador, “A história de Olga” retrata um mundo de luxúria apaixonada e desejo onde a protagonista inesperadamente experimenta um sonho erótico.
Dentro desse cenário Olga encontra-se sozinha e viúva, com um desejo sexual que se desperta logo após a morte do seu marido. No seu caminho para a satisfação incondicional Olga realiza suas fantasias em intensidade inesperada sem ir além do seu mundo familiar de glamour e luxo. No caso do “observador", o mero admirador das fotos de Olga, desliza sua visão sobre os espaços de imagens extravagantes e detalhadas, e se torna profundamente comovido com esta ambivalência aparente da linguagem direta da imagem e da atratividade que Ellen von Unwerth consegue transmitir ao contemplador.
A sensação de desejo de uma forma atraente e divertida é nítida, não só por trazer a sensualidade das cenas narrativas de forma perceptível, mas por criar uma tensão, da qual o espectador mal consegue escapar. O que se vê são jogos sexuais entre Olga e suas amigas em cenários coloridos, pomposos, que retratam atmosferas e cenas carnais, combinando a estética do erotismo com o jogo estimulante da devoção e da dominação.
OLGA ESTÁ DE VOLTA!
A personagem título é a modelo e apresentadora russa Olga Rodionova, casada com o magnata Sergey Rodionov, que em 2009 resolveu realizar o desejo de registrar as próprias fantasias eróticas em um livro de fotografia. Na época Olga procurou a fotógrafa Bettina Rheims e a escritora Catherine Millet, famosa por seus textos picantes e polêmicos. E agora Olga volta à tona na parceria feita com Ellen von Unwerth que resultou num livro com edição limitada de apenas 1000 cópias, numeradas e assinadas por Ellen von Unwerth.
O LIVRO DESEJADO
A equipe de Von Unwerth para esse livro incluiu a jovem estilista inglesa Anna Trevelyan, que criou um estilo único e atraente, ao mesmo tempo fascinante, bonito, provocador e sexualmente carregado; o cenógrafo francês Fabienne Eisenstein, responsável por criar os rituais pagãos e as cenas extravagantes no Chateau. O livro vem com capa dura em uma caixa especial, e tem uma seleção de 250 cópias ainda mais limitada com ampliação de uma foto para por na moldura. Os preços variam de US$ 700 (edição normal) e US$ 1800 (edição com pôster) e está à venda no site da Taschen: www.taschen.com
A ARTISTA
Ellen von Unwerth trabalhou como modelo de moda há 10 anos, antes de assumir a câmera e se tornar uma das fotógrafas mais badaladas no mundo da moda. Seu trabalho editorial é destaque em inúmeras revistas, incluindo Vogue, Interview, Vanity Fair e iD. Suas campanhas publicitárias importantes incluem grandes marcas como Victoria Secret, Banana Republic, Guess, Diesel e Chanel. Em 1991 ela foi agraciada com o primeiro prêmio no Festival Internacional de Fotografia de Moda e seu trabalho foi destaque em Arqueologia do Elegance (2002) e Formar Ficção no MoMA / Queens (2004). Suas muitas exposições individuais incluem renomadas galerias como a Hamilton, em Londres, e sua exposição “Vingança” (2003) circulou por exposições em Nova York, Paris, Amesterdão, Hamburgo, Moscou e Pequim.
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