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sexta-feira, 29 de setembro de 2017

O racismo e o preconceito aprendido em casa


Racismo, homofobia, cristofobia, quantos adjetivos o ser humano ainda vai inventar para camuflar o real significado de todos eles? A ignorância! Em sua tradução literária, ela significa “aquele que não sabe”. Fomos e ainda somos doutrinados a sermos assim, ignorantes.
A ignorância nasce na preguiça do indivíduo pela busca do aprendizado ou na mais pura preguiça do interlocutor que, ao invés de ensinar, apenas diz: “Não, não é assim”. E com isso, a negação daquilo que desconhecemos torna-se presente e uma máxima entre todos, seja esse quem for! Não importa a nação ou condição social, nós aprendemos desde muito cedo a negar o desconhecido. Ou você nunca reparou que o bebê antes mesmo de falar mamãe e papai (que são suas fontes de amor e aprendizado), aprendem a falar NÃO.
E aprendemos erroneamente que a negativa nos protege. Os pais quando veem seus bebes recém-nascidos dizerem não a alguma associação, aplaudem, riem, acham bonitinho e lotam seus Snapchat e Instagram com vídeos, reforçando aquele bebê puro e ignorante que o quanto mais dizer não ao mundo, mais feliz ele será.  Com isso, aprendemos a negar o desconhecido, a negar o diferente, a fazer cara feia para ao novo e só depois de aprender (às vezes a duras penas) com a vida, descobrimos que negar o diferente dói, excluir o desconhecido machuca, fazer cara feia para o estranho maltrata.
O racismo e todas as fobias comportamentais criadas pelo ser humano vem enraizada da negativa ensinada e aplaudida por nossos pais, que também, por pura ignorância, nos ensinou errado.
Vivemos hoje em um mundo onde muitas coisas mudaram, a aceitação do outro comparado há anos evoluiu, a globalização chegou aos nossos bolsos através de nossos smartphones. Aprendemos sempre tardiamente que o novo nos é interessante e com isso começamos a difícil tarefa de se desprender do não, da negativa enraizada em nossa consciência desde recém-nascidos.
Em um mundo onde a palavra amor é tão usada, aprendemos que é no SIM que ele vive, que o amor ganha força, que é no SIM que o amor cresce. E quando deixamos de usar com frequência a palavra NÃO para dar espaço ao SIM, é quando este amor é regado e cultivado. O sim aproxima, aceita, acolhe, acaricia e além de tudo, respeita. Com o SIM aprendemos a usar de forma correta o NÃO.
Se o futuro da nação são as crianças, então que a partir de hoje agraciemos nossos bebês com mais SINS do que NÃOS, que ao invés de repreendê-los por um erro, mostramos que SIM eles podem continuar a fazer desta forma, porém, que existe uma maneira mais fácil, simples ou mais bonita de se fazer.
Quando a humanidade aprender que o que nos torna distantes, ruins e fóbicos é a presença frequente e enraizada do NÃO e mudar a forma de apresentar o mundo ao bebê com mais SINS do que NÃOS, a tolerância aumenta, a ignorância diminui e o amor, aah o amor, este SIM prevalece.


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