Primeiramente obrigado por disponibilizar esse tempo para
falar com a gente.
Estou neste momento ouvindo pela centésima vez o seu álbum.
Vamos por parte.
1.
Quando você sentiu essa conexão com a música, é
algo desde criança ou houve um momento especial que fez você decidir viver de
música?
R: Sempre senti, não conseguia classificar
ainda, isso veio com a idade, Mas sempre tive uma tendência artística. Meu pai
ouvia muita música acredito que colaborou também, eu cresci em fazendas com
pouco acesso a cidades e sem TV nos primeiros anos da infância então o
entretenimento era ouvir música.
2.
Como foi o processo de composição, você compôs
todas as faixas do EP Aporia, foi um trabalho conjunto? Conta pra gente.
R: São todas composições minhas tanto
letras quanto melodias. Foi um processo de muita sensibilidade para receber as
músicas que chegavam em momentos de transições muito significativas como se
fossem conselhos para mim mesma.
Passei por separações, relações abusivas,
mudanças de cidades e paradigmas que me descontruíram em muitos níveis porem
não são processos fáceis, em seguida teve ínicio a Pandemia. As músicas são
essas reflexões sobre meu empoderamento, coragem de mudar tudo, introspecção e
mudanças no modo de viver e ver a vida.
Tive como produtor músical um artista
Mato-grossense incrível Billy Spindola que conseguiu trazer as referências
culturais que eu buscava.
1.
Você buscou uma conexão com sua ancestralidade
neste trabalho?
R:Sim totalmente, queria também trazer as
referências dos lugares que me tocaram nas andanças, os terreiros foram os
pontos de maior transformação, casas de ayhuska também, então queria trazer
essa mistura dos tambores que são muito importantes para mim, assim como uma pegada
meio mântrica de repetição e claro referências da cultura popular do MT. Foi
uma grande mistura na verdade
2.
Quais são as suas principais influências
musicais e tem alguém que você gostaria de fazer um feat?
R: Eu gosto muito de Almir Sater, Flaira Ferro,
Perota xingo, Mateus Aleluia... Tem muitas, cada dia é uma diferente. Mas Meu
sonho atualmente é conseguir que minha música chegue em alguém da produção da
novela Pantanal, tem tudo a ver comigo e com meu álbum. Eu sempre achei que
seria a próxima Juma Marruá hahahaha.
3.
Qual a principal mensagem do seu EP?
R: Transformação, empoderamento, força,
espiritualidade, liberdade e responsabilidade com cada escolha.
4.
Quais os planos daqui pra frente? Podemos
esperar vídeo clipes?
R: Descobri essa semana que estou gestando um neném, então sem shows ou grandes participações, mas tenho um vídeo clipe para entregar mês que vem. Com a música Chuva <3
1.
Qual sua faixa preferida desse EP? E por que
esse nome?
R: Não consigo ter uma preferida. Tenho a
que demorei mais na produção e acabei enjoando de tanto ouvir que é a caminhos.
Então APORÍA é um termo muito usado na filosofia para se referir a uma idéia que
não se desenvolve mais, ela pode se desenvolver depois de 5 anos sei lá haha
mas no momento exato ela não se desenvole, então fiz uma analogia com as
encruzilhadas da vida que ao meu ver são meio que aporias, chega um momento em
que precisamos escolher novos caminhos. Na encruzilhada a gente pode parar e
descansar um pouco mas não dá pra ficar muito tempo lá, logo temos que decidir
qual caminho seguir . E foi sobre isso. Acho que as músicas conversam com essa
idéia
2.
O EP é incrível, Parabéns. Desejamos sorte, e
muito sucesso nessa trilha. Quer deixar uma mensagem para nossos leitores?
R: Que tenhamos coragem de seguir nossos
desejos e força para arcar com as consequências necessárias para esse
crescimento. Que possamos proporcionar muito amor e cuidado em tempos ásperos.
Muito obrigado de coração por me ceder seu
tempo.
Muito grata pelo seu tempo querido. Tenha um ótimo ano
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