Sílvio Cássio Bernardo (São Paulo, 10 de julho de 1967), mais conhecido como Silvetty Montilla, é uma lendária drag queen, ator, humorista, apresentador e repórter brasileiro, considerado a maior drag queen do país e um dos maiores artistas da noite LGBT brasileira.
Ao longo de mais de trinta e cinco anos de carreira, Silvetty atuou em diversas peças teatrais, além de se apresentar assiduamente nas principais boates gays de São Paulo, como ela mesma já contou em entrevista, chegando a realizar 4 ou 5 shows na mesma noite, e de fazer participações em programas de televisão, como TV Fama, Eliana e o humorístico Toma Lá, Dá Cá.
Em 2013 e 2014 esteve fixo no elenco do grupo de comédia “Terça Insana”, durante aproximadamente um ano e meio, fazendo diversos shows no Brasil. Atualmente, além de atuar em peças musicais, trabalha em clubes de comédia, tendo lançado em 2015 uma peça de stand-up própria. Também à frente do reality show Academia de Drags via YouTube, devido a seu legado é constantemente comparada e chamada de RuPaul brasileira.
Sílvio Cássio Bernardo foi funcionário publico durante um tempo. Já financeiramente independente, decidiu assumir-se homossexual e sair de casa para viver sozinho, e passou alguns anos trabalhando como oficial da promotoria do Ministério Público de São Paulo.
Em 1987, por influência de amigos, aceitou ganhar um dinheiro extra se montando de drag queen, para dançar e cantar aos finais de semana em bares e boates. Devido a seu talento, carisma e afinação musical, ficou muito conhecido na noite paulistana, sendo convidado para se apresentar em diversas casas de shows, festas de debutante, casamentos e formaturas.
Ao ver que seria possível viver com o trabalho artístico, onde ganhava muito mais que seu emprego estável, acabou abandonando o trabalho junto à promotoria. Começou a participar de vários concursos de miss, recebendo o título de Miss Primavera de 1989, Miss Brasil 1990, Rainha do Carnaval, Miss Cidade de São Paulo e Miss Universo, todos dedicados a categoria de drag queen.
Em 2012, Silvetty concorreu a uma vaga na Câmara de Vereadores de São Paulo pelo PSOL, sendo o terceiro mais votado do partido, obtendo quase 5 mil votos, porém, sem conquistar a vaga.
Atualmente faz apresentações por todo o Brasil e em diversos países, tendo agenda fixa de shows em variados eventos de São Paulo.
Hoje é impossível falar da cena LGBTQIA+ brasileira sem lembrar da rainha Silvetty Montilla. Mais impossível seria andar pela cena sem ouvir ou falar um de seus famosos bordões:
Tá boa…
Tô Bonita…
É o que tem pra hoje…
Pois bem…
Nosso programa é assim…
Você vê, você liga…
Quem pode, pode, quem não pode me olha!
Foca nas joias…
Mas se não conseguir me mande um e-mail…
É solteiro ou casado? Solteiro! Vai continuar em nome de Jesus!
Tááá ótimooooooo…
Silvetty é um artista completo, com passagem pelo teatro, filmes, séries, apresentando, escrevendo…. Não há nada que Silvetty faça que não seja icônico.
Ela com todo seu carisma, e muito trabalho, batalhou arduamente e atuou também como militante desde o início da Parada LGBTQIA+ e São Paulo, que hoje se tornou uma das maiores do mundo. A história de Silvetty e do movimento LGBTQIA+ estão interligadas.
Silvetty lançou dois discos, um especial de 30 anos de carreira e muitos outros trabalhos.
Durante a pandemia, a drag queen, como sempre atual, criou o quadro no YouTube “Espuma com Montilla”, onde entrevista grandes nomes da cena em sua banheira phynissima.
Confira:
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@silvettymontilla
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